5 de ago. de 2017



Por ROBERTO VIEIRA


Era véspera do aniversário do Sport.

12 de maio de 1954.

Para comemorar seu aniversário.

O Sport Club Recife convidou time famoso.

O Sport Club Corinthians.

O Corinthians chegou em Recife.

Goleou o América.

Empatou com o Náutico.

Achou que ia tomar caldo de cana e voltar com fama de invicto.

Chuva e renda de 764 mil reais em valores atuais.

Corinthians vai de Gilmar; Murilo e Olavo;

Idário, Goiano e Roberto;

Luizinho, Nardo, Carbone, Gatão e Simão.

O Sport veio com Carijó; Bria e Djalma;

Zé Maria, Wilson e Pinheirense;

Carlinhos, Dimas, Ênio, Celli e Ilo.

Luís Zago era o árbitro.

Zago antigo ídolo do Leão.

Surpresa.

Sete minutos e Ilo recebe na esquerda.

A bomba vai inapelável nas redes de Gilmar.

Carijó vira galo de briga.

Bria coloca Simão no bolso.

Zé Maria magistral.

Apenas Cláudio brilha no Timão.

Carlinhos no apagar das luzes faz 2 x 0.

E Zago ainda foi um bom anfitrião.

Fez que não viu o pênalti de Murilo sobre Ênio.

Vargas ganha memorial em Minas.

Ademar se lança ao governo em São Paulo.

Os pracinhas feridos na Guerra lutam por moradia.

O ano de 1954 será antessala de 64.

O Corinthians seria campeão de 54 em 55.

Mergulhando depois num longo jejum da história.

Corinthians que só voltou a sorrir em outubro de 1977.

Quando Geisel venceu a queda de braço com Frota.

Quando 54 era apenas um número na memória...


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