Por
ROBERTO VIEIRA
O Tênis brasileiro era
Bueno.
Com saques de Koch e
Mandarino.
Um Tênis de Mattar e
Kirmayr.
Nem o mais aficcionado
dos torcedores sabia.
Nem Deus nem mídia.
O saibro da quadra sete
no dia 27.
Slava perde por 3 x 0.
Será?
Sete match points
perdidos contra Bjorkman.
Com 7/5 no set final.
Thomas Muster era o
Cara.
Dançou.
As televisões abriram
os olhos.
Sete aces contra Medvedev.
Kafelnikov ficou pelo
caminho.
Tem um hippie de
Floripa arrebentando Paris.
O Tênis brasileiro era
Bueno.
Com saques de Koch e
Mandarino.
Um Tênis de Mattar e
Kirmayr.
O hippie era o Guga.
O filho de Dona Alice.
O irmão do Rafael.
Rafael que era
inspiração e fé.
Since I’ve been loving you.
Naquele instante,
Dewulf eram saques contados.
Guga na final já era sonho
de uma Paris de verão.
La vie em rose.
Mas veio Bruguera.
A fera?
Os brasileiros
murmuravam vira latas:
‘Rei do Saibro! Rei do
Saibro!’
Como as multidões
ululantes sobre a União Soviética em 1958.
Ganhar era pecado.
Foi até fácil.
Tão fácil como tirar paella
da boca de uma criança.
Guga era campeão de
Rolland Garros.
Uma utopia transformada
em realidade.
Guga que foi o mais
singelo dos campeões do Tênis.
Um surfista sem ondas
nas ladeiras de Montmartre.
Braços dados com
Toulouse Lautrec e Madame de Pompadour.
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