7 de fev. de 2017



Por ROBERTO VIEIRA

Trump no Poder sempre vai lembrar Adolfo.

Coisas das helicoidais junguianas da memória coletiva.

A História é uma encruzilhada.

Uma hora estamos num caminho.

Noutra hora onde estamos?

Havia nazistas e fascistas no Brasil de Getúlio.

Aquele Brasil onde Gilberto Freire descobriu o Brasil Mulato.

O Brasil do futebol malemolente.

Caso a Alemanha vencesse a Guerra.

Ou estabelecesse seus domínios sobre esta parte do mundo.

Teriamos um futebol mulato enxertado por arianos?

Ou Fritz Walter iria dançar o maxixe?

Não sei e quem sabe?

A Argentina peronista era germanófila.

E Alemanha, Brasil, Itália, Argentina e Hungria dominariam o futebol mundial.

Com a Suécia e a Espanha por ali.

A FIFA seria mesmo na Suíça.

A Copa de 1946 com final em Berlim.

E a Rússia continuaria a mesma e esquálida esquadra - talvez pior.

Haveria uma seleção ucraniana no pedaço.

Jerusalém seria egípcia.

Pio XII abençoaria a Jules Rimet

Friendereich ganharia estátua.

Filho de alemão com negra tupiniquim.

A prova viva que o Terceiro Reich era bom de bala e bola.

Duro seria ver a Gestapo, Luftwaffe e SS patrocinando times de futebol.

Sem contar no DIP de Vargas - tem quem ache o gaúcho Pai dos Pobres, pode ser.

Mas não perdeu as unhas nas cavernas de Filinto Strubing Muller - nada a ver com Gerd.

Atletas insubmissos?

Mandados para a concentração nos campos de pijamas listrados.

Você acha tudo isso impossível?

Irreal?

Pois saca só uma página de propaganda dos jornais brasileiros da época.

Quando a suástica balançou na cabeça de muito galinha verde...

Trump no Poder sempre vai lembrar Adolfo.

Coisas das helicoidais junguianas da memória coletiva.

A História é uma encruzilhada.

Cuidado!

A História muitas vezes se veste de farda.



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