Por ROBERTO VIEIRA
O América queria voltar a ser grande.
Trazia Naércio no arco - hoje simpático membro do Country Club.
Contratara Birunga para a zaga.
Rubem Salim dominava o meio campo.
E os célebres Cuíca e Lala atuavam abertos nas extremas.
Um belo time que ainda trazia Braulino, Pedrinho, Pereira, César...
O técnico do Náutico era João Avelino - folclórico.
Sete mil torcedores estavam na Ilha do Retiro.
O jogo foi duro, duríssimo.
Tico e Chico marcaram para o Timbu.
Cuíca diminuiu.
Lala perdeu um gol de cego cara a cara com Luís Fernando, após falha de Beliato e Oscar.
Porém, o lance da partida foi outro.
Lateral do campo.
O jovem Chico domina a bola na frente de Birunga e começa a fazer embaixadas.
Uma, duas, três, cinco, seis.
Birunga entrou pra rachar.
E Chico já tinha virado Chico Explosão.
O América ficou possesso.
A platéia caiu na gargalhada.
João Avelino?
Levantou do banco e bateu palmas pra Chico e ainda gritou:
'Futebol é pra quem sabe, Birunga!'
* Chico que se tornaria Chico Explosão três anos depois ao meter um hat trick na Máquina do Fluminense
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