Por
ROBERTO VIEIRA
Entre tantas perguntas
sobre o passado.
Resta uma pergunta
sobre o futuro?
Para onde vai a
Chapecoense?
Chapecoense da pequena
Chapecó.
Cidade de duzentos mil
habitantes apaixonados por futebol.
A resposta pode estar
no trajeto de quem viveu tragédia semelhante.
E a resposta pode ser
triste ou alegre.
O Grande Torino recebeu
homenagens pelo mundo.
O River Plate se trajou
de grená.
Di Stefano e sua trupe
jogaram em Turim.
Torneios se disputaram em
sua honra.
Mas a Torino não
suportou a perda dos seus craques.
A Torino se tornou um
clube comum.
Já o Manchester renasce
das cinzas.
Pelos pés de Dennis
Law, George Best.
Pelos raros cabelos de
Bobby Charlton.
Até mesmo o rebaixamento
nos anos 70 é superado.
Graças ao Messias Alex
Fergusson.
Nenhuma das equipes
recebeu grandes benefícios de seus compadres.
Nenhuma das equipes
recebeu jogadores de seus compadres.
Nenhuma das equipes
permaneceu na divisão especial por amizade.
O que foi uma total falta
de esportividade.
Quando grandes clubes
brasileiros decidem ajudar a Chapecoense.
Emprestando jogadores.
Permitindo que durante
três anos não seja rebaixada na Série A.
O futebol nacional dá
exemplo ao mundo.
Exemplo que pode se
tornar mais belo.
Quando o campeão
brasileiro se vestir de Chapecoense na última rodada.
Pois o Palmeiras só
deixou de ser Palmeiras.
Quando vestiu o manto
da seleção brasileira em 1965...
É de se registrar o belo grato do Atlético Nacional da Colômbia propondo que o título da Sulamérica na seja entregue a Chapecoense, proposta endossada por todos os atletas daquela equipe.
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