29 de nov. de 2016



Por ROBERTO VIEIRA

Entre tantas perguntas sobre o passado.
Resta uma pergunta sobre o futuro?
Para onde vai a Chapecoense?
Chapecoense da pequena Chapecó.
Cidade de duzentos mil habitantes apaixonados por futebol.
A resposta pode estar no trajeto de quem viveu tragédia semelhante.
E a resposta pode ser triste ou alegre.
O Grande Torino recebeu homenagens pelo mundo.
O River Plate se trajou de grená.
Di Stefano e sua trupe jogaram em Turim.
Torneios se disputaram em sua honra.
Mas a Torino não suportou a perda dos seus craques.
A Torino se tornou um clube comum.
Já o Manchester renasce das cinzas.
Pelos pés de Dennis Law, George Best.
Pelos raros cabelos de Bobby Charlton.
Até mesmo o rebaixamento nos anos 70 é superado.
Graças ao Messias Alex Fergusson.
Nenhuma das equipes recebeu grandes benefícios de seus compadres.
Nenhuma das equipes recebeu jogadores de seus compadres.
Nenhuma das equipes permaneceu na divisão especial por amizade.
O que foi uma total falta de esportividade.
Quando grandes clubes brasileiros decidem ajudar a Chapecoense.
Emprestando jogadores.
Permitindo que durante três anos não seja rebaixada na Série A.
O futebol nacional dá exemplo ao mundo.
Exemplo que pode se tornar mais belo.
Quando o campeão brasileiro se vestir de Chapecoense na última rodada.
Pois o Palmeiras só deixou de ser Palmeiras.

Quando vestiu o manto da seleção brasileira em 1965...


Um comentário:

  1. É de se registrar o belo grato do Atlético Nacional da Colômbia propondo que o título da Sulamérica na seja entregue a Chapecoense, proposta endossada por todos os atletas daquela equipe.

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Comentários