Por
ROBERTO VIEIRA
Eles chegaram aos
poucos e aos montes.
Primeiro nos anos 30 e
40.
E foram nos ensinando a
jogar bola.
De tal forma que uma
seleção de hermanos brasileira não é fora de propósito.
Para o gol Cejas ou
Andrada.
Cejas que já veio
campeão do mundo e sóbrio.
Cejas que ensinou a
geometria das saídas de gol.
Andrada que deu aulas
sobre devolução de bola aos brasileiros.
E quase Andrada se
naturalizou para defender a seleção.
Isso sem falar no
divino Fillol de breve experiência rubro negra.
A defesa é fácil.
Oscar Basso, Ramos
Delgado, Perfumo e Sorín.
Basso deslocado para a
lateral em respeito ao futebol.
Basso que não poderia
ficar de fora.
Na frente da defesa?
O argentino que deu
nome aos volantes brasileiros.
Carlos Martín Volante.
Volante que teria a seu
lado o Mascherano.
Sastre distribuiria o
jogo.
Sastre que foi
catedrático na arte de jogar bola.
E lá na frente?
Tango, milonga e gols.
Doval, Artime e Tévez.
Vinho nas refeições.
Show dentro de campo.
Jogadores idolatrados
por suas torcidas.
Quem disse que os
brasileiros não amam os argentinos?
Pois se até Bernardo
Gandulla virou verbete de nosso futebol!
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