Por
ROBERTO VIEIRA
Os primeiros poetas
eram trovadores.
Românticos ou
políticos.
Pois a poesia é a mãe
de todas as línguas.
E a poesia apaixonou-se
pela música que o vento cantava.
Qual o espanto?
Os tempos são de
mudança pais, mães e congressistas.
Uma tempestade vai cair
sobre o mundo de todos nós.
Nós que um belo dia estaremos
nas portas d’algum céu.
Robert nasceu judeu e com
a voz de quem nunca nasceu pra cantar.
Mas os versos eram
amigos de Robert.
E Robert foi ser Dylan
na vida.
O maior poeta americano
do século XX.
Escrevendo músicas quilométricas
em sua máquina de escrever.
Resgatando os
cantadores norte-americanos pelas estradas.
Guthrie na veia – pai e
filho.
Greenwich Village nas
noites – Joan Baez no coração.
Mas Joan não entendeu
It Ain’t me Babe...
Para quem não aceita a
poesia de Dylan?
Basta sentar à noite
com algum vinho nas mãos.
E tentar responder as
nove perguntas de Blowin’ in the Wind.
Peter, Paul e Mary
tentaram.
Mas os Masters of War
não permitiram.
O Prêmio Nobel
descobriu apenas.
O que os homens de
tamborim já sabiam.
Para quem se sente sem
casa.
Para quem se sente
desconhecido.
Como uma pedra rolando
pelo mundo.
Sempre haverá a poesia
de Bob Dylan...
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