Por ROBERTO VIEIRA
Foram 37 dias de excursão.
Os bicampeões do mundo chegaram à Europa gigantes.
Perderam de Portugal.
Foram goleados pela Bélgica.
Tudo com o ataque do Santos de Pelé.
Botaram o ataque do Botafogo.
A seleção apanhou do Racing em Paris.
Gerson entrou no meio campo contra a França.
Vinte e dois anos de idade.
Gerson que dizia adeus ao Flamengo.
Gerson e Pelé venceram a França em tabelinhas.
Mas contra os amadores da Holanda?
Deu 1 x 0 para a Holanda.
Alemanha e Inglaterra foram encaradas na raça.
Funcionou.
Mas a Itália nos sapecou 3 x 0.
No fim de tudo.
Estádio Olímpico de Berlim.
Gerson é fotografado cansado, acabado, desolado.
A seleção voltava a ser um saco de gatos após cinco anos de fúria.
Gerson não sabia.
Mas ainda seria vaiado, espinafrado, chamado de frouxo.
Até o aplauso colossal no Botafogo de 1968, na seleção de 70 e no São Paulo de 70/71.
Esses moços, pobres moços!
Não sabiam que o monstro tinha mil tentáculos no Poder.
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