6 de mai. de 2021






Roberto Vieira 


O Brasil é campeão sulamericano de futebol de 1919. Um ano depois acontecem as Olimpíadas da Antuérpia, primeira pós Grande Guerra. Os craques campeões Friedenreich, Neco e Amilcar são convocados. Time entrosado. Projeto do senador Fernando Mendes consegue 300 contos para nossa representação. 


Os jogadores brasileiros treinam, mas quando tudo parece encaminhado a Confederação Brasileira de Desportos diz não. Afirma que 'falta treinamento' para o escrete.


A delegação nacional segue para os Jogos sem o futebol e nossos atiradores trazem o ouro, prata e bronze capitaneados por Guilherme Paraense.


No futebol, a Bélgica bate a Tchecoslováquia na final por 2x0 com direito a agressão dos tchecos pelos torcedores e muita reclamação com a arbitragem. A Tchecoslováquia se retira do campo, sendo punida com a perda da medalha de prata. 


Os brasileiros ficam tranquilos. Nossa seleção passaria vergonha contra Bélgica, Espanha de Zamora, Itália e Tchecoslováquia. 


O Egito pensa diferente e quase derrota a Itália. 


O Uruguai, vice campeão sulamericano de 1919, sonha. Quatro anos depois toma coragem, cruza o Atlântico, fatura o ouro olímpico e muda a história do futebol. 


Friedenreich vê aquilo calado. Em 1925, o Brasil pinta miséria na Europa com o Paulistano. Maravilha a França que aplaudiu o Uruguai na Olimpíada de Paris em 24.


Friedenreich deve ter pensado no que aprontariam os campeões sulamericanos de 19 na Olimpíada da Antuérpia. 


Neco, no mínimo, ia bater de cinturão no time belga inteiro...



0 comentários:

Postar um comentário

Comentários