Por ROBERTO VIEIRA
O domingo 23 de abril será um dia diferente para o
futebol pernambucano.
O Clássico dos Clássicos centenário pode ser o
último.
Pelo menos para um dos clubes.
O Sport Club do Recife pode perder a vaga na final
do estadual.
Vida que segue.
Dinheiro no bolso.
O ego sai abalado e as piadinhas chegam na
segunda-feira.
Mas nada que abale os alicerces da Ilha.
Já o Náutico joga sua existência de 116 anos.
Exagero?
Talvez sim, provavelmente não.
O Náutico está eliminado do Nordestão e Copa do
Brasil.
Os funcionários ensaiam uma pequena rebelião quanto
aos salários atrasados.
Jogadores idem.
O clube negociou a cota de torcedores do Sport na
Arena.
Para pagar salários atrasados e honrar o Profut.
Ainda mais.
Alvirrubros de posições políticas divergentes transformaram
o clube em praça de guerra.
E que eu saiba... guerra civil só leva a destruição.
Caso bata o Sport na semifinal.
O Náutico respira e continua sua saga dos últimos 50
anos.
Um tênue equilíbrio entre esperança, paixão e
falência.
Náutico que chegará forte nas finais.
Náutico que chegará forte na Série B.
Caso contrário?
A segunda-feira chegará amarga e negra nos Aflitos.
Dinheiro?
Cada vez mais difícil.
Portanto, alvirrubros que vão optar por ficar em
casa neste domingo.
O domingo 23 de abril será um dia diferente para o
futebol pernambucano.
O Clássico dos Clássicos centenário pode ser o
último.
Pelo menos para um dos clubes.
O Náutico que entra em campo deve entender este
desafio com letras garrafais.
O NÁUTICO PRECISA VENCER OU VENCER!
E é necessário que alguém explique isso direitinho.
Para os atletas, os torcedores.
E para os senhores dirigentes.
116 anos de história estarão sendo jogados em 90
minutos de futebol.
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