13 de dez. de 2016



ROBERTO VIEIRA

1946.

O América era campeão estadual de 1944.

Leça, o arqueiro formidável.

Zezinho, Djalma e Julinho eram craques.

Mas o Santos que ainda não era o Santos de Pelé já era o Santos de Caxambu.

Santos que ainda tinha Pirombá, ex-atleta do Sport, e o exuberante Antoninho.

O público não foi lá essas coisas no Estádio do Aflitos.

Afinal de contas, sexta-feira a noite já era dia esquisito pra futebol.

O Santos iniciava uma longa excursão ao Nordeste.

Seriam dois meses de jogos em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Pará.

Caxambu balançou as redes logo aos dez minutos.

O Santos chegou aos 3 x 0 e Oséas diminuiu.

O arqueiro Osny do Santos mal pegou na bola.

O árbitro Sherlock teve vida mansa.

Quiprocó mesmo só um quebra pau nas cabines de rádio.

Briga e balé de cronistas do Diário de Pernambuco.

O América?

Podia até se dar por feliz.

Nesta excursão.

O Santa tomou de quatro.

O Fortaleza, idem.

Ceará e Sampaio Correia levaram cinco.

E o ABC fez a sena.

Caxambu terminou a viagem com dezenove gols, artilheiro.

O vice-artilheiro?

O inominável Adolfrises.

Adolfrises que fazia enrolar a língua dos locutores de então...







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