10 de dez. de 2016



Pelé todo mundo conhece.

Paraíba todo mundo se esquece.

Mas em rodada com São Paulo x Santa Cruz, nada melhor que relembrar a história desse atacante que balançou as redes pelos dois clubes.

Jogador que entrou para a história política do Brasil.

Sebastião Tomaz de Aquino nasceu pela primeira vez em Ingá, Paraíba, em 1931.

Nos anos 50, já apelidado de Paraíba, o atacante saiu fazendo gols a torto e a direito pelo Santa Cruz.

Foi tanto gol que Paraíba acabou no São Paulo.

Foi integrar um ataque com Maurinho, Gino e Teixeirinha.

Pelo Tricolor paulista foram 16 gols em 39 jogos - estreando na goleada de 4 x 2 sobre o Benfica em 1955.

Mesmo a expressiva média de gols não segurou Paraíba no São Paulo.

E ele voltou para uma segunda passagem pelo Santa Cruz quando se sagrou Supercampeão em 1957.

Chute forte no pé direito.

Famoso.

Paraíba tem passagem por Portugal, mas encerra a carreira no pobre Íbis.

Dinheiro jogado fora.

Paraíba deixa de ser Paraíba e se torna o Guarda Sebastião.

Salvo da pobreza absoluta pela farda.

Foi quando ele nasceu pela segunda vez.

Pois Paraíba estava com pasta-bomba que explodiu no Aeroporto dos Guararapes em 1966.

O atentado terrorista que abriu a guerra civil brasileira.

Paraíba tem a perna amputada.

Cai em depressão.

Recebe o aperto de mão de Pelé na Ilha do Retiro.

Pelé que jogava as semifinais da Taça Brasil contra o Náutico.

Paraíba assiste o jogo.

Volta para casa e para a bebida.

Escapa da depressão.

Sobrevive com uma pensão de aposentado da Polícia Civil.

Paraíba que anotou mais de cem gols pelo Tricolor do Arruda.

Paraíba que tantas vezes em campo esteve no lugar certo na hora certa.

Teve o azar de estar no lugar errado na hora errada dos Anos de Chumbo...






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