O São Paulo do Timão
Por ROBERTO VIEIRA
Estrada de Damasco.
Paulo Arns abre os olhos e o sorriso.
É tão mais fácil fechar os olhos.
Calar o sorriso.
Fingir que a mãe é gentil.
Mas Pedro se foi.
João disse adeus.
Nas masmorras não existe Deus.
São Paulo da garoa é Roma e seus coliseus.
Quo vadis Domine?
Se Pedro não vai, eu vou.
E Paulo deixa de lado Rivelino.
Lance.
Vaguinho.
No silêncio das catedrais ele crê.
Contra a lógica das casernas e dos altares.
Contra a ditadura apostólica humana.
Paulo pede pelos pecadores.
Paulo ora pelos anjos caídos.
Pra quem lê estas linhas parece pouco.
Pra quem viveu o apocalipse?
Foi um momento no qual o sermão da montanha se tornou pão e vinho...
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