2 de out. de 2016



  Por ROBERTO VIEIRA

Demorei a escrever porque o jogo foi sensacional. Desses que a gente não tira os olhos. Fica com cara de marmanjo assistindo O EXORCISTA  pela primeira vez sozinho no cinema. Dizer que foi apenas um jogo é heresia, coisa barata, de quinta categoria. Náutico e Vasco foi o melhor jogo do ano, e talvez o melhor jogo na história da ARENA PERNAMBUCO.

Tive a sorte de assistir jogos assim na vida. Ver Náutico e Palmeiras com Mirandinha. Um jogo tão dramático quanto ontem - e mais injusto, pois o Palmeiras merecia vencer, mas foi subjugado pela velocidade de Mirandinha e pela garra do Náutico. Assisti Náutico x Cruzeiros de arrepiar. Um Náutico x Santos maravilhoso. O Náutico 5 x 1 Corinthians desmoralizante.

Só que a peleja de ontem foi épica. Duas defesas cinematográficas de Martin Silva e Júlio César que já pagariam ingresso. Erros e boçalidades do árbitro paulista que decidi esquecer o nome e sobrenome. Uma atuação extraordinária da dupla de zaga alvirrubra. O melhor jogo de um lateral direito alvirrubro desde Gena. O meio campo dos sonhos de qualquer torcedor desfilando em minha frente.

E Roni.

Roni que incorporou Mirandinha, Nivaldo e Tilico em 90 minutos. E por que não Nado?

Foi uma atuação digna de nota 10. Uma atuação de gente grande.

Pois foi belo assistir o Náutico atuando assim, como gente grande. Um deleite para os olhos de quinze mil pagantes - isso mesmo, quinze mil pagantes para os incréus.

Quinze mil pagantes que testemunharam um Vasco da Gama também grande. Jogando tudo e mais um pouco, Abusando da catimba e das pancadas. Um Vasco da Gama também digno de sua história espetacular - apesar dos Euricos Mirandas.

Quem viu? Foi dormir como eu, feliz.

Quem não viu?

Que pena, como diria Jorge Ben nos velhos e bons tempos...


2 comentários:

  1. Marcelo Lins diz:
    Texto excelente, jogo para guardar na memória e no coração.
    E o garoto Rony, tão criticado por torcedores, e defendido bravamente pelo mestre Edgar, mostrou que tem muito futuro no futebol brasileiro.

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  2. Bruno Rodrigo G. Pereira3 de outubro de 2016 às 13:33

    Impressionante a velocidade do Rony, um jogador liso, endiabrado, que quando está no "seu" dia dá show, dá gosto de ver jogar. Jogador símbolo da guinada que o CNC deu com a chegada do mestre Giva. Continuando assim com esse foco, com esse futebol abnegado, viril, brocador, rompedor, o Náutico tem tudo para, no embalo da incendiária torcida timbu, que definitivamente "acordou", dar a virada final rumando para o acesso à série A. De parabéns, os alvirrubros, com destaque todo especial para a sua torcida!

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Comentários