Por
ROBERTO VIEIRA
Os dois maiores
ditadores do século XX reinaram longe de casa.
Hitler deixou sua
Áustria.
Stalin abandonou a Geórgia.
Pobres,
revolucionários, fanáticos e traiçoeiros.
Ambos percorreram o
longo caminho das ruas ao Poder.
O futebol para ambos
era propaganda.
Boa, barata e da qual
pouco conheciam dentro das quatro linhas.
Hitler lançou as bases
do futuro poderio do futebol alemão.
Embora tenha dançado em
casa nas Olimpíadas de 1936.
Seu pupilo Herbergger
não fez feio no pós-guerra.
Stalin aprendeu com o
colega e arquirrival.
Pegou o Dínamo de
Moscou e mandou pra Inglaterra em 1945.
O Dínamo abriu a
temporada em grande estilo.
Empatando com o Chelsea
por 3 x 3.
Depois deu um pulo em Cardiff.
Sapecando 10 x1 no
frágil Cardiff City.
O Arsenal acenou?
O Dínamo derrotou o
Arsenal por 4 x 3.
Os britânicos estavam
atônitos.
O Dínamo encerrou sua
temporada empatando com o Rangers.
Stalin esfregou as mãos
de contentamento.
Pegou o dinheiro da
aposta com Churchill.
E liberou a vodka para
seus heróis na volta pra casa.
Pois é.
Porém, taco a taco,
cara a cara, nazistas e soviéticos nunca se enfrentaram.
Apenas nas ruelas de Berlim
e do leste europeu.
Austríacos e
georgianos?
Também não.
Até hoje.
Quando os países natais
dos déspotas se encontraram pelas eliminatórias.
Uma partida que teria
terminado em paredão nos anos 30 e 40.
Uma partida que hoje
foi disputada na raça.
E, felizmente, apenas
na bola...
0 comentários:
Postar um comentário
Comentários