Por ROBERTO VIEIRA
Lula Carlos tinha então 34 anos.
Para quem o conheceu nos escritos contemporâneos, ainda era um cara sério.
Direto.
Sem os traços da fina ironia que o cercariam nos cabelos brancos.
Quando a tirania da vida e dos campos.
Transformaram seu olhar de jovem em sabedoria de quem viveu milhares de noventa minutos.
Lá estava Lula.
Janeiro de 1964.
Sem saber que estava para presenciar o inimaginável.
O seu Náutico ultrapassando os mais alentados sonhos de Eládio.
E Lula viu Gojoba abrir o marcador.
O Sport comemorava?
O Náutico já empatava, virava e era campeão.
Ivan, Salomão, Bita e Rinaldo.
Lula sorria e se encantava.
Não!
Lula não possuía a beleza dos dois toques.
Lula ainda prendia a bola na máquina de escrever.
Apagava os erros com a borracha e o coração.
Entregava a bola com maestria.
Porém, demorava-se no carinho suave e desleixado com a bem amada.
Lula era o JOGO FALADO.
NA GRANDE ÁREA.
E eis aí em cima meus amigos.
A crônica do Mestre que nos disse adeus em 2013.
Lula naquele janeiro de 1964.
Quando ele botou ponto final.
Gritou NÁUTICO para o inconsciente.
E começou a frequentar a eternidade...
ResponderExcluirpô, pô... ando um pouco ansioso...
vi na chamada desta nota "Lula"...
pensei rapidinho: será que o querido poeta tá dando em 1ª mão a notícia da prisão?...
é que o homem quer entrar pra história do país... então...
pô... o assunto é outro...
ainda...
é... estou ansioso...