Por
ROBERTO VIEIRA
Formalmente, o futebol
brasileiro é profissional desde 1933.
Antes a grana rolava no
futebol, mas era tudo por debaixo do pano.
Amadorismo pra inglês
ver.
Como o futebol era das
multidões.
Como os uruguaios e
argentinos carregavam nossos craques.
Como até Jaguaré foi
jogar no Barcelona.
Criou-se o Brasil
Futebol Clube.
Oitenta e poucos anos
depois...
O Botafogo jogou para
996 pagantes em Xerém.
Central x Salgueiro
rendeu 3 mil reais no estadual pernambucano.
Os antigos campeões
América-MG e Portuguesa?
Possuem média inferior
a 3 mil torcedores em 2016.
Semelhante à média do
certame gaúcho.
O Guarani, campeão
brasileiro de 1978?
Arrecadou 80 mil por
mês este ano.
O campeonato capixaba
tem média de 5 mil pratas por jogo.
A Copa do Nordeste tão
badalada?
Média de ingressos de 12
reais.
Os catarinenses?
Cobram 14.
A tal da Libertadores?
Uns dezessete dólares
em média por ingresso.
O tal Brasil Futebol
Clube é amador.
E fim de papo.
Amador nos dirigentes.
Amador nas transmissões
esportivas.
Amador nas Federações e
Confederações.
Amador dentro e fora do
campo.
A imensa maioria dos
atletas ganha uma miséria.
As Arenas geralmente
são construídas com o xodó do Estado-Mãe.
Os perdões das dívidas
estatais são aguardadas como Dia de São José.
Profissionais só mesmo cartolas, empresários e 2% dos jogadores.
O que talvez explique
tudo.
E não resolva nada...
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