11 de dez. de 2015




Ênio Andrade era o capitão do Náutico.

Fonte Nova, 1961.

Semifinais da Taça Brasil.

O Náutico jogou tudo e mais um pouco.

A embaixada pernambucana tinha Rubem Moreira e Aramis Trindade.

Tudo preparado para os jogadores não serem engolidos.

Engolidos pela picardia de Osório Vilas-Boas.

Manda chuva e alma pagão do Bahia.

O Náutico fez de tudo.

Escapou do vestiário benzido.

Escapou das moçoilas nos corredores do hotel.

Mas quem suspeitaria das flores.

As flores aos pés dos capitães antes do início da partida.

Benzidas e enfeitiçadas por todos os terreiros de Salvador.

E ao lado das flores e dos capitães.

Um pai e uma mãe de santo.

Saravá!

Bahia 1 x 0.

Gol espírita de Mário.

O Náutico?

Deixa de fazer a final contra o Santos de Pelé...

O Bahia?

Empata a primeira contra o Santos.

Mas leva um sapeca iaiá no segundo jogo por 5 x 1.

Sapeca que pegou até nos terreiros soteropolitanos.




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