29 de set. de 2012







Por ROBERTO VIEIRA


No começo tudo são flores.

Até a palavra imbroglio.

Os cronistas meteram um imbroglio pra cá.

Depois sacaram um imbroglio pra lá.

Depois imbroglio virou palavra abestalhada.

O tempo todo dando as caras.

Ninguém falou mais em 'palhaçada'..

Ou 'confusão', 'trapalhada'.

Até mesmo o termo 'lambança' que era modismo.

Ficou pra trás.

O Náutico teve imbroglio com Carlinhos Bala.

O Sport teve imbroglio com Paraíba.

O Santa teve imbroglio com Zé Teodoro.

E quando se ia pra o jornalismo político.

Aí tinha imbroglio do mensalão.

Imbroglio das notas frias.

Imbroglio do João com João que encheu o saco!

Se é verdade que no começo tudo são flores.

Não é menos verdade que tudo demais cansa.

Principalmente 'imbroglio'.

Simpática e suculenta palavra do idioma italiano.

Imbroglio que nem mesmo tiveram o cuidado de aportuguesar para imbrólio.

Acompanhando Mestre Cegalla.

Pois é.

Nessa mania nacional de falar imbroglio.

A palavrinha já aparece quase 4 milhões de vezes no Google.

Graças ao bom Aurélio.

Ainda longe dos 17 milhões de aparições da simpática 'confusão'.

Porém.

Infinitamente mais comum que 'mixórdia'.

Mixórdia que repousa nos 175 mil resultados...


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