26 de jul. de 2016



 ROBERTO VIEIRA

O país do futebol e do carnaval virou o Paes do Canguru. Tudo pela falta de educação do prefeito do Rio e pela incompreensão cultural da delegação australiana na Vila Olímpica do Rio.

Somente os australianos confiavam nas obras da Odebrecht no Rio. Aliás, nas obras de qualquer construtora no Brasil. Chegaram primeiro e se estreparam. Como qualquer brasileiro ao adquirir seu primeiro imóvel.

Independente da Vila Olímpica e das infiltrações, choques elétricos, fiações expostas e defeitos de acabamento, qualquer nativo brasileiro ou estrangeiro residente em nosso país, reconhece que a entrega de imóveis após a construção não é uma qualidade do Brasil.

Anos atrás, ao adquirir o primeiro apartamento em minha vida, fotografei e produzi um dossiê com duas dezenas de aberrações no pequeno imóvel. Tempos depois, na construção de um casa, tive de tomar a obra das mãos do arquiteto que não conseguia concluir em gol o projeto com menos de 100 metros quadrados de área construída.

Tudo isso é normal por aqui. Faz parte. Como a matança de aborígenes faz parte da história australiana - nós que também matamos nossos aborígenes.

A Austrália deu certo como exemplo de país de primeiro mundo porque os manuais de instrução chegam em inglês - o que compensa a colonização realizada com todos os piratas extraditados da Grâ Bretanha.

Após compreenderem que o Brasil é assim mesmo, talvez os australianos possam desfrutar da beleza e limpeza da Baía da Guanabara e, quem sabe, realizarem um city tour pelas comunidades cariocas que sofrem com o excesso de mão da bandidagem e com a falta da mão do Estado.

Explicações à parte, o Rio de Janeiro continua lindo e sempre será.

Apesar das fiações e do Paes do canguru...

Basta apenas a boa vontade de não querer Escandinávia no Leblon.




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