19 de fev. de 2016




11 de setembro de 1955.

O Flamengo era favorito do Fla-Flu. Favoritíssimo.

Bicampeão carioca.

O tricolor estava meio bambo.

O compositor Haroldo Barbosa lança o desafio.

Se o Fluminense vencesse, Ary Barroso raspava o bigode centenário.

O homem da gaitinha não titubeou.

Joel, Paulinho, Evaristo, Dida e Zagalo são invencíveis.

Pois é.

Aos 13 minutos de jogo, Escurinho marcou Fluminense 1 x 0.

Ary engoliu em seco seu uísque.

Só volotu a respirar aos 3 minutos da etapa final.

Pênalti que Evaristo converte: 1 x 1.

Menos mal.

Mas havia um mulato inzoneiro em campo.

Valdo balançou as redes de Garcia aos 25 minutos.

Haroldo Barbosa sambou de gaiato.

Ary desapareceu dentro da noite carioca.

Foi encontrado refugiado, na casa de Dircinha Batista.

Até Dona Ivone, mulher de Ary deu sinal positivo.

'Podem tirar o bigode do Ary!'

Ary perdeu o bigode de 25 anos.

Segundo ele, foi uma morte em vida.

Uma morte civil.

Morte que só ressuscitou no dia 4 de abril de 1956.

O dia do tricampeonato do Flamengo...








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