Por
ROBERTO VIEIRA
Ele está no seu habitat
natural.
Cercado de háizimen.
Um ou outro sunzi.
A nova Jiating Scolari.
Claro que existem as
dores, os traumas.
O amargor do exílio no
Império do Centro.
As visões de Marco Polo
da distante Veneza.
Noites de chimarrão e maotai.
Pelas noites, muitas
vezes vem o Mineirão.
Os gols que se somam ao
infinito.
Ele se sente Flávio
Costa e cala.
Astecas.
A bola cruza os céus astecas
e beija as redes.
Guangzhou Evergrande.
A idade pesa nos ombros
do velho gaúcho da fronteira.
Eles riem do velho e
dos seus gritos.
Eles que bateram palmas
e o saudaram como Deus.
O livro de Sun Tze
aberto sobre a mesa.
Sem planejamento não
existe vitória.
Ele se finge de morto.
Diferente do Mineirão,
agora ele só tem a ganhar.
Não existe Ronaldo. Nem
Rivaldo.
O exército de olhos apertados,
Robinhos e Paulinhos é nada.
Vencer o Barcelona?
Tão difícil quanto
barrar Romário na véspera da Copa de 2002.
A arte da guerra levada
ao máximo do requinte.
Pois a vitória está
reservada a quem estiver disposto a pagar seu preço.
Um preço tantas vezes de lágrimas e escuridão.
Um preço tantas vezes de lágrimas e escuridão.
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