14 de dez. de 2015



         Por ROBERTO VIEIRA

Ele está no seu habitat natural.
Cercado de háizimen.
Um ou outro sunzi.
A nova Jiating Scolari.
Claro que existem as dores, os traumas.
O amargor do exílio no Império do Centro.
As visões de Marco Polo da distante Veneza.
Noites de chimarrão e maotai.
Pelas noites, muitas vezes vem o Mineirão.
Os gols que se somam ao infinito.
Ele se sente Flávio Costa e cala.
Astecas.
A bola cruza os céus astecas e beija as redes.
Guangzhou Evergrande.
A idade pesa nos ombros do velho gaúcho da fronteira.
Eles riem do velho e dos seus gritos.
Eles que bateram palmas e o saudaram como Deus.
O livro de Sun Tze aberto sobre a mesa.
Sem planejamento não existe vitória.
Ele se finge de morto.
Diferente do Mineirão, agora ele só tem a ganhar.
Não existe Ronaldo. Nem Rivaldo.
O exército de olhos apertados, Robinhos e Paulinhos é nada.
Vencer o Barcelona?
Tão difícil quanto barrar Romário na véspera da Copa de 2002.
A arte da guerra levada ao máximo do requinte.
Pois a vitória está reservada a quem estiver disposto a pagar seu preço.
Um preço tantas vezes de lágrimas e escuridão.


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