Por
ROBERTO VIEIRA
O doping é milenar.
Os gregos atuavam
dopados nas Olimpíadas.
Os soldados lutavam
dopados nas guerras.
Todas as guerras,
inclusive as esportivas.
Doping que é
esculhambado.
Como era esculhambado o
profissionalismo nos esportes no século XX.
Bonito era ser amador.
Até que um dia
legalizaram a grana que já circulava nos estádios do planeta.
E os profissionais
engoliram os amadores.
As Olimpíadas viraram
piada a partir daí.
Atletas amadores dos
países socialistas ganhavam rios de medalhas.
Amadores pagos
regiamente por seus governos.
Amadores que começavam
a utilizar o doping para provar que Marx estava certo.
Muita gente inocente
afirma que os alemães foram campeões do mundo em 54 dopados.
E é muito provável que
estivessem dopados.
Dopados e com chuteiras
Adidas.
O que nos leva a outra
questão.
Não sei se doping ganha
jogo de futebol.
Não sei por causa de um
depoimento de um craque brasileiro.
Craque que foi exemplo
de atleta.
Craque que afirmou com
todas as letras ao Museu da Imagem e do Som:
‘Joguei dopado a final
da Copa de 50!’
Falou, foi publicado e
era tão comum que ninguém disse nada.
Porque dopado ou não, o
Brasil perdeu e o craque jogou nada com nada.
Os times de futebol
atuavam dopados.
Um clube brasileiro foi
campeão mundial sob suspeita de doping.
Inúmeros atletas
faleceram por complicações ligadas ao doping.
Doping que sofreu um
abalo no início dos anos 70.
Com exames realizados
nas competições esportivas.
Campos, Marion Jones, Maradona, Johnson, Daiane, Anderson.
Todos pegos na
contramão do que deveria ser o esporte.
Esporte que deveria ser
instrumento de educação dos jovens.
Uma prática que ensinaria
o cavalheirismo e a lealdade entre as pessoas.
Mas o mundo caminha
para o dia em que o doping será legalizado.
Como foi o
profissionalismo.
Atletas dopados
estabelecerão marcas fantásticas.
Recordes inimagináveis.
Absolutamente
colossais.
Haverá Olimpíadas com
atletas dopados até o pescoço.
Muito em breve.
Certo ou errado?
Pouco importa.
Competir já deixou de ser o mais importante
faz tempo.
Para grande parte da
humanidade.
Os últimos será os
últimos...
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