Publicado por BLOG DO ROBERTO VIEIRA
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| KITIZINGER NO FLA-FLU |
Quem viveu em Caruaru
na primeira metade dos anos 40, sabe quem foi o capitão Waldemar Kitizinger. Ou
quem leu o meu Paixão e Fidelidade. No capítulo dedicado aos goleiros, conto o
episódio que ficou marcado na história do futebol de Caruaru, envolvendo o árbitro
Waldemar Kitizinger. Aconteceu em 1942. O capitão, oficial do exército sediado
em Caruaru, juiz de um Comercio x Central, havia ordenado tantas vezes a
cobrança de um pênalti que o clássico terminou entrando para a história por
isso mesmo. Foram tantos pênaltis batidos que se perdeu a conta. Foi assim,
contei no livro: três pênaltis foram marcados por Kitizinger no correr da
partida, e um deles, contra o Central, foi batido quatro vezes porque o
lendário goleiro Pedro defendia a cobrança e o juiz mandava repetir o lance. Achava
ele que Pedro tinha “se mexido”. Pênalti novamente cobrado, e mais uma defesa
de Pedro. Até que, na quarta cobrança, gol do Comércio. Diamantino, zagueiro à
moda antiga, uma cacetada no pé direito, mandou ver como se estivesse batendo
um tiro de meta, rotina do seu ofício. Gol do Comércio. Foi um reboliço na
cidade, motivo de infindáveis discussões noite a dentro e por toda a semana.

Pois
bem, agora, mais de 70 anos passados, reencontro o herói Kitizinger nas velhas páginas
de O Globo Sportivo. Em 1947, num Fla-Flu valendo pelo Torneio Municipal, o
nosso capitão, que vinha apitando jogos no Rio, encontrou o que buscava há
muito tempo: o seu Waterloo. Foi num Fla-Flu disputado no campo do Botafogo, em
General Severiano. Vale a pena ler os comentários de “O Juiz é Julgado” de O
Globo Sportivo. Dá para entender porque aquele Fla-Flu de 47, vencido pelo Flamengo,
2x1 no placar, foi o fim do caminho para Kitizinger.
Nunca mais se ouviu falar de Waldemar Kitizinger como árbitro de futebol.
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