17 de jan. de 2015




Cada um de nós é Quixote e Sancho Pança.

Algumas vezes também somos moinhos de vento.

A vida também se faz muitas vezes de Espanha.

Aquela Espanha de planícies fubacentas e quentes infinitas.

Espanha de suor e sangue.

No imenso desafio dessa Espanha de nossas vidas.

Primeiro morre o Quixote.

Depois se vai nosso Sancho.

Resta para a maioria de nós os moinhos de vento.

Matéria inerte com anseios de vida.

Movimentos e alma na pedra inerte.

Nosso coração sente saudade do nosso sancho.

Nosso coração sente saudades do Quixote que fomos.

Mas resta apenas o movimento dos moinhos de vento em nossas vidas.

Sancho diria que uma 'andorinha só não faz verão'.

Quixote?

Lembraria que cada um de nós 'é fruto de suas obras'.

Quixote que lembraria aos moinhos de vento.

Moinhos presos em sua própria história:

“A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que os homens receberam dos céus. Com ela não podem igualar-se os tesouros que a terra encerra nem que o mar cobre; pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida, e, pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pôde vir aos homens.” 


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