23 de jan. de 2015




Antigamente era bacana.

Janeiro pós férias.

O Brasil vibrava com torneios de verão.

Não valiam nada mas amolavam as facas.

Tinha o Torneio do Povo - breve experiência do Brasil Grande em 71/72/73.

Tinha o Pentagonal de Natal.

O Quadrangular de Corumbá.

O Triangular de Macapá.

O Hexagonal de Quixeramobim.

Não eram Ramon de Carranza ou Troféu Herrera.

Era apenas a chance de jogar bola e ganhar um caneco qualquer.

Uma taça de latão ou alumínio pra carregar nas mãos suadas.

Algo assim como esses torneios de agora.

Porque futebol virou coisa séria.

Mas futebol sempre foi coisa de criança que não gostava muito de escola.

Gostava mesmo era da molecagem e travessura de uma pelada na esquina...






Um comentário:

  1. Antonio (recordações juvenis...)23 de janeiro de 2015 às 20:05

    Caro amigo Roberto,

    ai, ai, ai...

    fizeste-me lembrar dos meus tempos de jogador de várzea...

    (amigos nordestinos... nada de risadas... respeitem-me... fui sim um jogador, um senhor jogador... hehehe...

    sabem como é... e estão cansados de ver isso... o cara começa lá na frente, vai voltando e acaba na zaga quando está mais lento e velho...

    pois bem... comigo aconteceu o contrário...

    iniciei como quarto-zagueiro... uma tranquilidade pro goleiro...

    depois fui jogar de centro-médio... uma enorme tranquilidade pra zaga...

    e, por fim, terminei como meia-direita... a alegria da torcida que assistia aos jogos no barranco e ao lado do rio... marcava gols e mais gols...

    fui vice-campeão do campeonato amador em 4 ocasiões...

    como bem diz aquele antigo jornalista carioca, o Calazans: não fui campeão... azar do futebol da minha pequenina cidade, Ribeirão Pires (foi lá que despontei...)

    ah, estão curiosos?... é, eu era bom... mas no Santos não dava...

    pensei no Corinthians... só que fiz bem em estudar Engenharia... é que se eu tivesse ido pra fazendinha o Sócrates teria sido apenas um doutorzinho de Ribeirão Preto...

    agradeçam a mim...)

    ah, como fui longe... até esqueci do motivo de cá estar a dizer isto...

    vamos lá... é que lembrei-me, quando li isto do poeta, dos torneios início, aqueles que quando empatavam... vencia quem tivesse mais escanteios a favor...

    só nas finais, já no final das tardes, é que havia as penalidades...

    só mais um detalhe... eram 3 cobranças... o mesmo jogador...

    ah, eu era sim o cobrador dos pênaltis... dava cada chutão... os goleiros ficavam paralisados e torcendo pra que a bola não fosse em cima deles...

    bons tempos aqueles...

    tempos aqueles daquela ilusão de vocês... daquele sonho que jamais ocorreu... daqueles 5 x 3 do Náutico contra o Santos no Pacaembu...

    vejam: comecei na Realidade e terminei no Sonho...

    ai, ai...

    o que este blog do querido poeta faz comigo...

    ai, ai, ai...

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