Por ROBERTO VIEIRA
Craque de bola sempre foi, desde os tempos de bebê. Dominava pedra, tampa de refrigerante, laranja, limão e mandava no ângulo das traves de chinelo nos gramados de terra batida dos quilombos. Mas tinha um defeito incorrigível: o time era ELE. Jogava somente pra seu deleite e prazer. Fazia um, dois, quatro gols por partida, um assombro. Porém, desconhecia o toque de bola pro companheiro, a não ser que fosse para receber a bola na frente, de cara pro gol.
Era um artista solitário.
Suas qualidades cativaram os olheiros, os sabichões da bola que cavoucam o mato atrás de um novo astro de futebol. Os olheiros ficavam embasbacados com a malícia naquele anjo de cabelos encaracolados e olhar maligno. Os pontapés passavam como flechas pelo pirralho. Os murros, tapas e cotoveladas não encontravam nada a não ser o ar rarefeito do drible.
Não demorou estava no Central de Caruaru.
Duas semanas depois, chegou ao Santa Cruz.
Final do ano e foi contratado pelo Flamengo.
Após o primeiro treino no Rio de Janeiro já era o JAJÁ BARRA PESADA...
CONTINUA...
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