Por
ROBERTO VIEIRA
Tardes
de sábado.
Ou
nas noites de terça-feira.
Praça
Maciel Pinheiro, em frente ao Hotel São Domingos.
Lá
ia eu e um monte de pirralhos esperar os craques.
'Olha
o Clodoaldo!'
'O
bigode do Rivelino é feio, oxente!'
'Peléééééééééééé!!!!!!!!!!!!!!!'
Autógrafo
era coisa de americano.
O
que a gente queria era ver os ídolos.
Imaginar
que eles iam chamar a gente pra completar o Santos.
O
Botafogo de Jairzinho.
O
Palmeiras de Ademir e Leivinha.
Nos
sonhos – parecia coisa de Fernando Sabino.
Faltava
sempre um jogador e a gente era chamado de repente.
'Entra
lá e mostra o que tu sabe, moleque!'
E a
gente entrava, tabelava com Gerson e estufava o barbante de Detinho.
Hoje
não tem mais Hotel.
Hoje
tem apenas a fachada da casa de Clarice Lispector.
Criança
que ali viveu e sonhou.
Sonhou
como nós, crianças felizes de um tempo antigo.
Hoje,
os craques brasileiros – nem tão craques assim.
Autografam
camisas do Chelsea.
Barcelona.
Bayern.
E as
crianças brasileiras assistem seus astros em outro planeta.
Um
planeta chamado televisão...
Julio Cezar, David, Leandro Eusébio, Flavio, Gastón, João Ananias, Fillipe Souto, Pedro Carmona, Rony, Patrick Vieira e Stefano Yuri. Se não são craques, pelo menos no papel é um belo time, dado os tempos de vacas magras que vivemos. E por R$ 350.000, uma verdadeira pechincha. Agora é com o professor Moacir. Time deram, agora é manter os pagamentos em dia...
ResponderExcluirE não é que esse time pode dar liga!
ResponderExcluirEsperançoso estou com o desempenho alvirrubro para 2015.
E ainda poderá vir a cereja do bolo...