Por ROBERTO VIEIRA
Um dia somos jovens
Imortais
Tão jovens e imortais que desejamos
salvar o mundo
Vestindo o branco da paz
Vestindo o branco de nossos ideais.
Alguns dirão entre risos:
Como são tolos!
Nós que apenas somos jovens
mortais.
E assim fazemos amigos
Fazemos escolhas
Fazemos amores
Fazemo-nos vida nos corredores
estreitos da morte.
Sonhamos ser a salvação
Quando parte de nós nem mesmo
sabe mais
Ser possível salvar o mundo
Esse mundo subversivo e miserável
Feito de trevas antes inimagináveis
Mundo que nos traga aos poucos
Cada vez menos imortais.
Um dia somos jovens
Imortais
Tão jovens e imortais que desejamos
salvar o mundo
Vestindo o branco da paz
Vestindo o branco de nossos ideais.
O tempo nos leva o velho sorriso
franco
O tempo nos impõe a lágrima
O tempo se impõe em rugas e cabelos
brancos
O tempo fere nossa alma e
coração.
Como preservar o sonho?
Como enfrentar a dor?
Como dar esperança a quem sofre
Senão permitindo que nos deixe a última
centelha de amor?
A única resposta está naquilo que fomos
Na lembrança dos velhos amigos
Na lembrança das escolhas
Na memória dos velhos amores.
Daquele antigo jovem de sorriso
largo
Jovem que ambicionava salvar o
mundo
Jovem que sonhava salvar o mundo
vestido de branco
Jovem que imaginava salvar vidas apenas
com amor
Jovem que se julgava imortal
Resta apenas uma resposta quando
chega a derradeira hora repleta de dor.
A única resposta está naquilo que fomos
Na lembrança dos velhos amigos
Na lembrança das escolhas
Na memória dos velhos amores.
No sonho de todas Marthas,
Lucianas, Marthinhas, Indiras, Carmôs...
* Dedicado a Carmem Kummer Spencer, a qual conheci pelas palavras e histórias contadas por Martha. Histórias cheias de sonho, amizade e fé.
Lindas palavras!! Obrigdada!!
ResponderExcluirRoberto, mais uma vez repito: você é um Poeta !
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