2 de ago. de 2013







Por ROBERTO VIEIRA



Um dia somos jovens
Imortais
Tão jovens e imortais que desejamos salvar o mundo
Vestindo o branco da paz
Vestindo o branco de nossos ideais.

Alguns dirão entre risos:
Como são tolos!
Nós que apenas somos jovens mortais.

E assim fazemos amigos
Fazemos escolhas
Fazemos amores
Fazemo-nos vida nos corredores estreitos da morte.

Sonhamos ser a salvação
Quando parte de nós nem mesmo sabe mais
Ser possível salvar o mundo
Esse mundo subversivo e miserável
Feito de trevas antes inimagináveis
Mundo que nos traga aos poucos
Cada vez menos imortais.

Um dia somos jovens
Imortais
Tão jovens e imortais que desejamos salvar o mundo
Vestindo o branco da paz
Vestindo o branco de nossos ideais.

O tempo nos leva o velho sorriso franco
O tempo nos impõe a lágrima
O tempo se impõe em rugas e cabelos brancos
O tempo fere nossa alma e coração.

Como preservar o sonho?
Como enfrentar a dor?
Como dar esperança a quem sofre
Senão permitindo que nos deixe a última centelha de amor?

A única resposta está naquilo que fomos
Na lembrança dos velhos amigos
Na lembrança das escolhas
Na memória dos velhos amores.

Daquele antigo jovem de sorriso largo
Jovem que ambicionava salvar o mundo
Jovem que sonhava salvar o mundo vestido de branco

Jovem que imaginava salvar vidas apenas com amor
Jovem que se julgava imortal
Resta apenas uma resposta quando chega a derradeira hora repleta de dor.

A única resposta está naquilo que fomos
Na lembrança dos velhos amigos
Na lembrança das escolhas
Na memória dos velhos amores.


No sonho de todas Marthas, Lucianas, Marthinhas, Indiras, Carmôs... 


* Dedicado a Carmem Kummer Spencer, a qual conheci pelas palavras e histórias contadas por Martha. Histórias cheias de sonho, amizade e fé.

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