O texto havia sido enviado ao Blog nos dias 8 e 9 de janeiro.
Não o havia notado na caixa de entrada.
Falha minha!
Reenviado novamente.
Publico com imensas desculpas...
ENDOSSO À NOTA DO MTA E AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
DO CONSELHEIRO NEWTON MORAIS E SILVA
A
Direção do Náutico tenta passar a imagem de que vem realizando uma gestão
exemplar no Clube. O torcedor menos informado pode até ser iludido por esse
discurso, mas aquele que fizer uma análise mais acurada e isenta concluirá que,
decorrido mais de um ano, pouca coisa mudou no clube, que continua sendo
administrado de forma amadora, sem conseguir enxergar e transpor determinados
paradigmas, gerando uma estagnação de ideias e propósitos que inibem o alcance
de objetivos mais consistentes e duradouros.
1.
PROMESSAS
DE CAMPANHA NÃO CUMPRIDAS
1.1 Diretoria de Futebol Forte
Foi prometida a formação de uma Diretoria de
Futebol forte, capitaneada por Américo Pereira e composta por Toninho Monteiro,
Gustavo Krause, René Pontes, Paulo Pontes, Ivan Rocha, Renato Cunha e Zeca
Cavalcanti. Gustavo Krause, como um dos principais articuladores da chapa,
concedeu coletiva de imprensa falando em nome de todos, comprometendo-se a utilizar
rígidos critérios nas contratações e nos gastos com o futebol. A prática, no
entanto, não correspondeu ao discurso, inclusive em relação aos nomes
prometidos, pois o único que permaneceu foi Toninho Monteiro.
1.2 Auditoria Permanente
Foi prometida a realização de auditoria
permanente, a partir do primeiro dia da gestão. Até hoje, esse assunto sequer
foi ventilado, apesar de o Conselho Deliberativo ter aprovado por unanimidade, há
mais de dois anos, proposta do conselheiro Gustavo Krause, para realização de
auditoria no Clube a cada seis meses.
1.3 Sócios em Dia
O vice-presidente, Toninho Monteiro,
prometeu a realização de uma Campanha para angariar 30.000 sócios. Hoje, apesar de
sermos o único time de Pernambuco na Primeira Divisão,
temos menos de 4.000 sócios em dia, quando tínhamos quase 6.000 adimplentes ao
final de 2011. O pior é que a tendência é uma redução ainda maior, em função da
insensatez da Diretoria, que aumentou substancialmente a mensalidade do
sócio em um período em que estamos tendo apenas jogos amistosos. Nossas
ações deveriam, na verdade, estar totalmente voltadas para um incremento expressivo
no nosso quadro de associados, visando a nossa ida para a Arena.
1.4 Repasse Mensal de Cem Mil Reais para as
Divisões de Base e Construção de Alojamento
Paulo Wanderley prometeu, ao longo da
Campanha, repassar, mensalmente, cem mil reais para as Divisões de Base. Após mais
de um ano da atual gestão, isso não ocorreu em nenhum mês. Foi dito, também, que
a Odebrecht iniciaria as obras de construção dos alojamentos para as Divisões
de Base, no Centro de Treinamento, no dia 14/12/2011 (coincidentemente, a véspera
da eleição). As obras iniciaram-se um ano após a data prometida.
2.
DESEMPENHO
DO FUTEBOL
Muitos torcedores consideram que, em 2012, o
desempenho do Náutico no futebol foi fantástico, mas será que isso é verdade? A
resposta pode ser obtida a partir da análise do comportamento da equipe em cada
uma das competições que disputamos.
2.1 Campeonato Pernambucano
Desastre total. Ficamos em quarto lugar e, consequentemente,
fora da Copa do Nordeste. Contratamos 16 jogadores, dos quais apenas 2 (Souza e
Felipe) foram aproveitados para o Campeonato Brasileiro. Vários jogadores, tais
como Henrique, Dorielton, Jailton e Leo Santos, não tinham condições de jogar
em time de Várzea. Acredito que até os dirigentes do Náutico reconhecem que
tivemos um pífio desempenho no campeonato pernambucano.
2.2 Copa do Brasil
Decepcionante. Fomos eliminados, logo na
segunda fase, pelo Fortaleza - clube que está na Terceira Divisão -, que nos
goleou por 4x0 no primeiro jogo, tornando a partida de volta praticamente um
amistoso. Qualquer dirigente de futebol do Náutico também vai concordar que
nosso desempenho na Copa do Brasil foi simplesmente ridículo.
2.3 Campeonato Brasileiro
Nossa grande alegria. Atingimos a 12ª colocação
e nos classificamos para a disputa do Sul-Americano, enquanto nosso grande
rival foi rebaixado. Muitos estão maravilhados com o nosso time. Mas, pergunto
eu, o que justifica um time tão bom ter sido o visitante de pior desempenho,
obtendo míseros 7 pontos em 57 disputados, o que representa um índice de
aproveitamento de apenas 12,28%. Como azar não acontece em todos os jogos, não
consigo vislumbrar outras hipóteses para o nosso fraco desempenho fora de casa
que não sejam o time ou o treinador - que é a alternativa que defendo, já que nunca
considerei Gallo um grande técnico. Gostaria que aqueles que discordam do meu
ponto de vista apresentassem uma razão plausível que possa justificar nosso
fracasso fora dos Aflitos. Mas, o que explicaria a nossa excelente campanha nos
Aflitos, sendo o quarto melhor mandante e conquistando 42 dos 57 pontos
possíveis, obtendo um índice de aproveitamento de 73,68% nos jogos em casa? Em
minha opinião, nosso time era apenas razoável e o fator gramado/torcida foi
preponderante. Esse fato pode ser comprovado pelas inúmeras reclamações de
jogadores adversários e pelo desempenho do Náutico nos Aflitos em 2011, quando
tivemos uma única derrota, que foi aquela para o Vasco da Gama. É evidente que a
Direção do Náutico também acertou em algumas contratações, como foram os casos
de Martinez, Kieza, Araújo, Jean Rolt, Rhayner, Patric e Alemão, mas é
importante lembrar que, ao longo do ano, contratamos 40 jogadores e nossa folha
passou a ser superior a dois milhões de reais por mês. Jogadores de baixíssima
qualidade, como Kim, Glaydson e Márcio Rosário, ganhavam salários exorbitantes.
Por não corresponderem às expectativas, foram rescindidos os contratos de
vários jogadores e alguns saíram denunciando o técnico, dando a entender que,
para jogar no time, teriam que remunerar o comandante.
3.
DESCASOS
DA ADMINISTRAÇÃO
3.1 Ida para a Arena
Estamos a alguns meses de transferir o nosso
mando de campo para a Arena Pernambuco. O fato é que este contrato foi assinado
há mais de um ano - depois de dois anos de negociações - e até a presente data,
nem a Direção do Náutico sabe exatamente quais serão os benefícios que terão os
sócios do clube - que, atualmente, pagam suas mensalidades e têm franqueada a
entrada nos jogos -, os conselheiros - que pagam ao Clube meio salário mínimo
por mês e têm direito ao acesso às cadeiras cativas - e os atuais proprietários
de cadeiras cativas. Não se sabe, sequer, se os sócios do Náutico terão direito
a algum desconto nos jogos. Não dá para entender porque essas cláusulas não
constaram do contrato da Arena, considerando o longo tempo que tiveram para
discutir o assunto. Convém lembrar que, alegando cláusula de confidencialidade,
não foi permitido que os conselheiros lessem o contrato assinado com a Odebrecht
e o Governo do Estado. É importante frisar que não somos contra a ida do
Náutico para a Arena, muito pelo contrário, votamos a favor no Conselho. O que
estranhamos são esses itens de fundamental importância não estarem amarrados no
contrato e só agora estarem sendo negociados com a Odebrecht, que agora pode
ditar as regras.
3.2 Submissão à Federação Pernambucana de Futebol
Não entendemos, também, a falta de altivez
de nossa Direção em relação à Federação Pernambucana de Futebol. Primeiro,
quando fomos seriamente prejudicados pelas arbitragens nos dois jogos contra o
Sport – time do coração do presidente da Federação - nas semifinais do
Campeonato Pernambucano. Em seguida, no alijamento do Náutico da Copa do
Nordeste, apesar de ser um dos clubes fundadores e de ter participado de todas
as edições anteriores do referido Torneio. Por fim, ao aceitar o ridículo regulamento
do Campeonato Pernambucano de 2013 que, no formato aprovado, remete-nos a
disputas iniciais sem nenhuma motivação, causando desgaste de imagem e prejuízo
financeiro. A única explicação plausível para a passividade dos nossos gestores
é o fato de que a Federação, ao ser instada a responder os ofícios assinados
por inúmeros Conselheiros e Sócios do Náutico em relação à inelegibilidade de
Berillo Júnior e Paulo Wanderley por conta do descumprimento da Lei Pelé, do
Estatuto do Torcedor e do próprio Estatuto do Clube, em função da inadimplência
na prestação de contas de 2010, não tendo como se
contrapor aos questionamentos, optou por ignorar os ofícios entregues, apesar
das inúmeras cobranças. É provável que, por conta disso, a Direção do Náutico tenha
ficado sem força suficiente para assumir posições firmes sobre determinadas
questões, aceitando passivamente todos os desmandos e lambanças da FPF-PE.
3.3 Saída de Gallo
Não sendo o Náutico uma instituição
filantrópica, é inadmissível a saída de Gallo sem que o mesmo tenha arcado com
o valor devido da multa rescisória. Embora seja difícil de acreditar que isso
tenha ocorrido, a declaração foi feita pelo próprio presidente do Clube, Paulo
Wanderley, e consequentemente, não admite questionamentos nem dúvidas. Tudo
indica que nem o débito que o Náutico tem com Gallo foi perdoado, pois, caso
isso tivesse ocorrido, o próprio presidente teria informado.
3.4 Contratação de Wagner Mancini
Não dá para entender a contratação de Wagner Mancini, já
que existia uma rejeição quase que unânime ao seu nome. Ao contratá-lo, a
Direção do Náutico demonstrou que não tem o menor respeito pelo que
pensa o torcedor alvirrubro.
3.5 Ausência de Patrocinador Máster
É inadmissível o Náutico estar sem patrocinador
Máster há vários anos. Por conta da incapacidade de nossa Direção, estamos
perdendo anualmente uma grande fonte de receita.
Saudações
alvirrubras.
Newton Morais e Silva
Conselheiro
Marcelo Lins diz:
ResponderExcluirConcordo com o texto e me preocupo pois vejo que o clube não consegue deixar de lado o amadorismo que o persegue. Volto a dizer estamos em um período de transição ou viramos um clube moderno ou o amadorismo nos engulirá para sempre.
No momento atual nosso problema e não tenho medo de dizer isso é caixa.
Não fechamos ainda com a tv, estamos lisos e como não temos patocinador master o fluxo de caixa hoje nas hostes alvirrubras é pequeno. Espero apenas que nosso presidente se pronuncie.
Concordo plenamente com o companheiro Newton Morais;vejam agora o caso de Rogério, Kieza e de Eli Carlos (que se aproxima..)
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