Novembro de 1938. A solução final era segredo? Nada se sabia no Brasil sobre os planos de Hitler para os judeus? E Mussolini.
Pois é exatamente em novembro de 1938 que Mussolini aumenta sua perseguição as minorias na Velha Bota. A lei que proíbe casamentos entre judeus e arianos, o confisco de propriedades e o cerceamento das atividades econômicas é brutal. A pequena comunidade judaica não tem para onde fugir, muitos buscam o recurso da apostasia na tentativa de se salvar.
Getúlio Vargas na manchete da Folha da Manhã pernambucana é enfático, falando por toda a América do Sul: 'Nenhuma negociação entre o Reich e a América do Sul'.
As portas estão fechadas para os judeus.
Rigoberto Souza chega na Itália no dia 6 de outubro de 1944. O último campo de concentração sob comando italiano mudou de mãos em 1943. Agora a administração é tedesca.
Rigoberto deseja pisar em terra firme, mas o mar não está tão inocente assim. Para chegar na cidade somente à bordo de LTIs (Lançamento de Tropa de Infantaria). O LTI jogando violentamente no Mediterrâneo, vômito.
9 de outubro de 1944. Nápoles arrasada e faminta. Bombardeada. As tropas brasileiras têm o primeiro contato com a guerra. Tempestade. Lama e mau cheiro impregnam o ar. Os militares recebem finalmente seu armamento: capa de plástico e capote americanos, fardamento meio brasileiro e meio ianque, capacete de fibra e de aço causando violentas dores no pescoço.
Furúnculo. A dor lancinante em em meio ao frio. Um marinheiro pega um chumaço de algodão, um fogareiro e um bisturi. Corte em cruz, gaze, esparadrapo e o furúnculo desaparece.
Livorno.
Uma passagem feita de tábuas e a caminhada se faz com dois sacos pesados nas costas. Um caminhão recebe a tropa. Frio intenso e o motorista voa na lama até o antigo campo de caça do rei.
Os brasileiros descobrem que foram substituir a Sétima Divisão americana que invadira a Normandia.

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