25 de set. de 2012







As metralhadoras eram carregadas por muares. Rigoberto ficou responsável pela condução de um animal com sua respectiva metralhadora 'hotclick'', outro burro levava a placa de morteiro. Os oficiais se deslocando em seus cavalos e os soldados a pé. 

A disciplina do exército brasileiro naqueles tempos é lembrada como 'prussiana' pelo nosso herói. Recém-chegado do meio civil, Rigoberto adaptou-se rapidamente aos novos ares, os quais tinham muito do ambiente familiar rígido e organizado, herança da educação do seu avô. Rigoberto jamais foi punido, sendo considerado exemplo entre seus companheiros. 

As marchas de 24 e 36 quilômetros com equipamento completo eram uma constante durante os quatro meses do curso. Sem direito a cansaço. No final, veio a classificação de acordo com a nota do curso. O 30º e o 31º BC foram levados a Fernando de Noronha no pequeno navio Tupiara, que balançava e deixava todo o pelotão enjoado no mar.. De acordo com a nota obtida no curso era facultado escolher o local de transferência. Rigoberto optou por seguir com o 22º BC em Campina Grande – mais perto de Santa Luzia onde morava a família. 





Quando desceu do trem na estação ferroviária na cidade que dominava o interior paraibano, o jovem percebeu que todo o esforço começava a valer a pena. Naqueles tempos, Cabo era autoridade! 

Como cabo, ajudante do batalhão, Rigoberto trabalhou na administração do 22º BC, sob o comando do capitão paulista Edson Cardoso de Carvalho Leme, que sempre afirmava não haver nascido para ser militar, sendo militar por conveniência, para concluir o curso de medicina.

Nos próximos seis meses, Rigoberto iria realizar o curso de sargento, morando na pensão de Seu Sérgio, pai de Terezinha Lucena.   


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