As metralhadoras eram
carregadas por muares. Rigoberto ficou responsável pela condução
de um animal com sua respectiva metralhadora 'hotclick'', outro burro
levava a placa de morteiro. Os oficiais se deslocando em seus cavalos
e os soldados a pé.
A disciplina do
exército brasileiro naqueles tempos é lembrada como 'prussiana'
pelo nosso herói. Recém-chegado do meio civil, Rigoberto adaptou-se
rapidamente aos novos ares, os quais tinham muito do ambiente familiar
rígido e organizado, herança da educação do seu avô. Rigoberto
jamais foi punido, sendo considerado exemplo entre seus companheiros.
As marchas de 24 e 36
quilômetros com equipamento completo eram uma constante durante os
quatro meses do curso. Sem direito a cansaço. No final, veio a
classificação de acordo com a nota do curso. O 30º e o 31º BC
foram levados a Fernando de Noronha no pequeno navio Tupiara, que
balançava e deixava todo o pelotão enjoado no mar.. De acordo com a
nota obtida no curso era facultado escolher o local de transferência. Rigoberto
optou por seguir com o 22º BC em Campina Grande – mais perto de
Santa Luzia onde morava a família.
Quando desceu do trem na estação ferroviária na cidade que dominava o interior paraibano, o jovem percebeu que todo o esforço começava a valer a pena. Naqueles tempos, Cabo era autoridade!
Como cabo, ajudante do
batalhão, Rigoberto trabalhou na administração do 22º BC, sob o
comando do capitão paulista Edson Cardoso de Carvalho Leme, que
sempre afirmava não haver nascido para ser militar, sendo militar
por conveniência, para concluir o curso de medicina.
Nos próximos seis
meses, Rigoberto iria realizar o curso de sargento, morando na pensão
de Seu Sérgio, pai de Terezinha Lucena.
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