5 de dez. de 2008



Santos, 1972
Em pé: Cejas, Orlando Lelé, Oberdan, Paulo, Clodoaldo e Zé Carlos.
Agachados: Edu, Afonsinho, Alcino, Pelé e Ferreira.


O primeiro Náutico e Santos em Campeonatos Brasileiros foi um jogo calmo.

Calmo até os 43' do segundo tempo.

Depois virou Bagdá.

4 de outubro de 1972. Noite. Estádio do Arruda.

O Rei Pelé não quis jogar. Mandou em seu lugar o caro amigo Afonsinho. Craque e futuro médico.

O Afonsinho da célebre música de Gilberto Gil.

O único jogador que era livre no Brasil.

Tinha o próprio passe. Podia usar barba.

Eram tempos de lâminas de barbear.

O Náutico alinhou Lula Monstrinho; Gena (Borges), Gilson, Sidclei e Zé Júlio; João Paulo e Cordeiro; Paulinho, o jamaicano Alan Cole, Paraguaio e Elói.

O Santos veio com Cláudio; Orlando, Carlos Alberto Torres, Oberdan e Zé Carlos; Léo e Afonsinho; Roberto Carlos, Nenê, Adilson e o extraordinário Edu.

Público de 10.412 pessoas.

Aos 20', Alan Cole deixa Paraguaio cara a cara com o gol. Mas Cláudio salva milagrosamente.

Aos 30', Edu entra driblando três defensores do Náutico e acerta a trave.

Aos 36', o primeiro gol em Nacionais. Gol do morrinho artilheiro. Zé Carlos tabela com Léo, recebe de volta e meio sem jeito chuta. Lula aceita.

Vem o segundo tempo. O Náutico poderia ter enfiado uma goleada, mas a bola não entra.

Entre os 30 e os 40' Paulinho e Elói perdem dois gols cada.

Até que aos 43' Gilson encontra Paulinho desmarcado na grande área. Orlando dava condições. Paulinho domina e empata o jogo.

O árbitro José Marçal Filho e o auxiliar Hélio Ferreira correm para o centro de campo. Junto com eles o time todo do Santos.

O pau quebra. A polícia entra. Orlando troca tapas com os soldados.

Durante 13 minutos o Arruda vira uma praça de guerra.

No final, apenas um expulso: Ferreira. Justamente quem não participara da briga.

Náutico 1 x 1 Santos.

Guerra.




0 comentários:

Postar um comentário

Comentários