Por ROBERTO VIEIRA

25 de novembro de 2007.
Era dia de festa.
Era dia de carnaval.
Era dia de Fonte Nova lotada.
Era dia de Bahia.
Quando o chão se abriu sob os pés da torcida.
Apocalíptico.
Torcedores desapareceram na imensidão.

Súbitos pássaros sem asas.
Súditos do destino brasileiro.
A Fonte Nova envelheceu. De repente.
Sob o sangue inocente.
Sob o manto da impunidade.
A camisa do Bahia perdeu o seu azul.
Perdeu o branco santo.
Ficou apenas o vermelho.
Era dia de festa.
Era dia de carnaval.
Era dia de Fonte Nova lotada. Iluminada.
Mas a Fonte anoiteceu. Tristeza eterna.
Calada.
Olhos rasos d'água.
Para sempre, velha...
Olhos rasos d'água.
Para sempre, velha...
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