25 de nov. de 2008




Por ROBERTO VIEIRA




25 de novembro de 2007.

Era dia de festa.

Era dia de carnaval.

Era dia de Fonte Nova lotada.

Era dia de Bahia.

Quando o chão se abriu sob os pés da torcida.

Apocalíptico.

Torcedores desapareceram na imensidão.


Súbitos pássaros sem asas.

Súditos do destino brasileiro.

A Fonte Nova envelheceu. De repente.

Sob o sangue inocente.

Sob o manto da impunidade.

A camisa do Bahia perdeu o seu azul.

Perdeu o branco santo.

Ficou apenas o vermelho.

Era dia de festa.

Era dia de carnaval.

Era dia de Fonte Nova lotada. Iluminada.

Mas a Fonte anoiteceu. Tristeza eterna.

Calada.

Olhos rasos d'água.

Para sempre, velha...



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