28 de out. de 2008




Por ROBERTO VIEIRA



Na semana em que completa 48 anos, Diego Armando Maradona é confirmado técnico da Argentina.

Nada mais justo.

Ninguém amou mais a camiseta portenha que El Pibe.

Pibe que foi o maior jogador de futebol em todos os tempos*.

Não é propriamente uma novidade na Argentina.

País que teve Guillermo Stábile como treinador por mil anos.

Stábile, artilheiro do Mundial de 1930.

Stábile, treinador hexacampeão sulamericano com a Argentina.

Comparar Maradona e Stábile é perda de tempo.

Stábile era egoísta em campo. Tirava a bola dos companheiros para marcar gols.

Maradona era uma Madre Teresa de Calcutá.

Marcava gols como poucos.

Mas entregava de bandeja a bola nos pés dos Burruchagas da vida.

Alguns lembrarão dos excessos do Pibe.

Do pó.

Pouco importa.

A vida de todo argentino é um tango de Gardel.

Glória, fama, amor, dinheiro e solidão.

E ninguém representa melhor a alma argentina que o menino pobre do Los Cebollitas.

Menino descalço e faminto. De olhos postos numa bola na terra batida do Fiorito.

O futebol é feito de gols e Maradonas.

Lágrimas e meninos pobres.

Paixão e caminitos.

Como um triste e belo tango.


*Pois como dizia Pepe, Pelé não é deste planeta...


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