
Por ROBERTO VIEIRA
Na semana em que completa 48 anos, Diego Armando Maradona é confirmado técnico da Argentina.
Nada mais justo.
Ninguém amou mais a camiseta portenha que El Pibe.
Pibe que foi o maior jogador de futebol em todos os tempos*.
Não é propriamente uma novidade na Argentina.
País que teve Guillermo Stábile como treinador por mil anos.
Stábile, artilheiro do Mundial de 1930.
Stábile, treinador hexacampeão sulamericano com a Argentina.
Comparar Maradona e Stábile é perda de tempo.
Stábile era egoísta em campo. Tirava a bola dos companheiros para marcar gols.
Maradona era uma Madre Teresa de Calcutá.
Marcava gols como poucos.
Mas entregava de bandeja a bola nos pés dos Burruchagas da vida.
Alguns lembrarão dos excessos do Pibe.
Do pó.
Pouco importa.
A vida de todo argentino é um tango de Gardel.
Glória, fama, amor, dinheiro e solidão.
E ninguém representa melhor a alma argentina que o menino pobre do Los Cebollitas.
Menino descalço e faminto. De olhos postos numa bola na terra batida do Fiorito.
O futebol é feito de gols e Maradonas.
Lágrimas e meninos pobres.
Paixão e caminitos.
Como um triste e belo tango.
*Pois como dizia Pepe, Pelé não é deste planeta...

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