28 de out. de 2008



"Sonhar

Mais um sonho impossível

Lutar

Quando é fácil ceder

Vencer

O inimigo invencível

Negar

Quando a regra é vender..."

versão: Chico Buarque

Caros jogadores e comissão técnica alvirrubra,

Sei que as vaias dos Aflitos ainda sobrevivem em vocês.

Porque as vaias sempre vivem mais que o imediato.

O torcedor vive de sonhos.

Sonhos muitas vezes impossíveis.

Mas o jogador de futebol é um sonho.

Ou pelo menos, quem pode tornar o nosso sonho de torcedor, possível.

Anos atrás viveu entre nós Bizu.

Um jogador que nos deixou mal acostumados.

A bola imantada ao seu pé transformava angústia em gol.

Sonho em realidade coletiva.

Bizu que estava presente na vitória de 1 x 0 sobre o Internacional em Porto Alegre.

Há 19 anos atrás.

Antes e depois de Bizu, os alvirrubros sofreram e sonharam.

Sonhos impossíveis.

Títulos inesquecíveis e derrotas incomensuráveis.

Alvirrubro que é por definição, um ser que sofre.

Apesar das vaias de sábado, continuamos sonhando.

Pois é da natureza do homem e do torcedor, sonhar.

Quando perdemos o sonho, perdemos o bonde da vida.

Amanhã no Beira-Rio, podem ter uma certeza.

Dou-lhes o bizu.

Em Recife e espalhados por todo o Brasil, os alvirrubros estarão sonhando.

Sonhando com os gols de vocês.

Vencendo inimigos invencíveis.

Rompendo a incabível prisão.

Sabendo, segundo o poeta Chico Buarque, sábio senhor de todas as letras.

Sabendo que sempre vale delirar, e um dia...

morrer de paixão!

Porque a vaia que desce ensurdecedora das arquibancadas, meus senhores.

Nada mais é que a mais pura e sofrida voz da paixão!

Amanhã, no Beira-Rio, essa paixão vai estar com vocês.

Juntamente com o sonho.

O impossível sonho de cravar esse chão.

Porque o impossível não resiste ao amanhã!



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