"Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender..."
versão: Chico Buarque
Caros jogadores e comissão técnica alvirrubra,
Sei que as vaias dos Aflitos ainda sobrevivem em vocês.
Porque as vaias sempre vivem mais que o imediato.
O torcedor vive de sonhos.
Sonhos muitas vezes impossíveis.
Mas o jogador de futebol é um sonho.
Ou pelo menos, quem pode tornar o nosso sonho de torcedor, possível.
Anos atrás viveu entre nós Bizu.
Um jogador que nos deixou mal acostumados.
A bola imantada ao seu pé transformava angústia em gol.
Sonho em realidade coletiva.
Bizu que estava presente na vitória de 1 x 0 sobre o Internacional em Porto Alegre.
Há 19 anos atrás.
Antes e depois de Bizu, os alvirrubros sofreram e sonharam.
Sonhos impossíveis.
Títulos inesquecíveis e derrotas incomensuráveis.
Alvirrubro que é por definição, um ser que sofre.
Apesar das vaias de sábado, continuamos sonhando.
Pois é da natureza do homem e do torcedor, sonhar.
Quando perdemos o sonho, perdemos o bonde da vida.
Amanhã no Beira-Rio, podem ter uma certeza.
Dou-lhes o bizu.
Em Recife e espalhados por todo o Brasil, os alvirrubros estarão sonhando.
Sonhando com os gols de vocês.
Vencendo inimigos invencíveis.
Rompendo a incabível prisão.
Sabendo, segundo o poeta Chico Buarque, sábio senhor de todas as letras.
Sabendo que sempre vale delirar, e um dia...
morrer de paixão!
Porque a vaia que desce ensurdecedora das arquibancadas, meus senhores.
Nada mais é que a mais pura e sofrida voz da paixão!
Amanhã, no Beira-Rio, essa paixão vai estar com vocês.
Juntamente com o sonho.
O impossível sonho de cravar esse chão.
Porque o impossível não resiste ao amanhã!
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