POR ROBERTO VIEIRA
Domingo é dia de festa nos Aflitos. Dia de enfrentar o Palmeiras de Marcos e Luxemburgo. Dia de casa cheia e coração na mão. Dia de entrar em campo com a fé cega entre os dentes. Dia de rezar o terço e prometer subir o Morro da Conceição de joelhos. Duas vezes, no mínimo.
Mas um jogo de futebol é muito mais que um jogo de futebol, já dizia Einstein, para quem tudo era relativo. E domingo, dois ídolos alvirrubros estarão vivendo uma tarde iluminada. Um daqueles dias que acontecem uma vez na vida e nada mais. Principalmente, nos dias de hoje. Friáveis. Dias de self service.
O goleiro Eduardo estará completando seu jogo de número 102. Compreendo que usar uma camisa 101 no Mineirão era meio incógnito. E a 100 em São Januário uma mera porcentagem de Romário. Mas usar uma camisa 102 nos Aflitos é obrigatório!
Eduardo que veste o manto sagrado que já foi de Djalma, Vicente, Manuelzinho e Neneca.
Querem mais?
Domingo, Kuki se torna o terceiro jogador a atuar mais vezes com a camisa Timbu em jogos com a equipe principal. Superando o insuperável Lala. Lala que é sinônimo de técnica e raça no território dos Aflitos. Kuki que veste o manto sagrado que já foi de Fernando, Ivson e Paraguaio.
Que ele entre em campo acompanhado com o antigo simbolo alvirrubro! Já imaginaram? Kuki e Lala juntos.
Que ele autografe e sorteie juntamente com Lala cinco camisas com os torcedores. Camisas do Náutico com o número 358!
Camisas que ficarão eternizadas no futuro. Futuro onde a memória do futebol se transforma em saudade e reverência.
Não fosse a rua do Futuro paralela à Rosa e Silva.
Paralelas que se encontram no infinito do torcedor apaixonado.
Domingo é dia de festa! Domingo é dia de ganhar do Palmeiras.
O povo alvirrubro já tem seu circo.
Então, prezados diretores Timbus:
Que tal um pouco de pão?
* Texto baseado em dados de Carlos Celso Cordeiro.
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