27 de abr. de 2021






Muita coisa em nossas vidas pode se prestar ao instigante exercício do “E se...” Na verdade, quase tudo. Dos amores que não deram certo às escolhas profissionais, passando pela existência de nós mesmos, totalmente modificada no caso de nossos próprios pais, avós ou apenas um entre os milhões de antepassados necessários para estarmos aqui terem feito escolhas diferentes das que enfim fizeram.

Entre todos esses exercícios hipotéticos, para gente como o escritor deste livro (Roberto Vieira) e para quem o lerá de cabo a rabo (como eu), o futebol é um universo particularmente fascinante. Nas próximas páginas, você irá se deparar com 40 histórias desse universo paralelo tão específico e caro a quem o ama.

Aqui, o bicampeão mundial Nilton Santos acaba não fazendo o gol que ajudou a consagra-lo e um golpe político de esquerda provoca profundas mudanças na vida e no futebol brasileiro a partir de... 1964!

Paro meus spoilers por aqui, nas duas pontas do livro, para deixá-los com os devaneios (?) do Roberto. E com a frase de Goethe que conheci por ser epígrafe de Anatomia de uma Derrota, o melhor livro sobre destino e futebol que eu já havia lido até hoje*, escrito por Paulo Perdigão sobre a Copa do Mundo de 1950: “O contrário da verdade, em nome da verossimilhança.”

*No quesito bola de cristal às avessas, este E Se..., de Roberto Vieira, acaba de superar o insuperável Anatomia no meu ranking pessoal.



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