2 de fev. de 2015





Fato raro - talvez apenas Camus.

Mario Vargas Llosa era apaixonado pela Universidad de Lima na juventude - ainda é.

Mario que batia peladas adoidado quando fugia das surras do pai.

Pai que não era boa peça.

O futebol fazia Mario se esquecer do medo da morte na casa paterna.

Imaginando que os gols eram como as francesas nas noites peruanas.

Francesas apenas no nome.

Francesinhas que o faziam imaginar que o amor cabia nas quatro paredes de um bordel.

Um belo dia.

Mario foi levado pelo ídolo máximo da Universidad.

Para jogar uma peleja pelo infantil do clube perante a multidão no estádio.

Desde então.

O menino que amava Alexandre Dumas acredita em um Deus de chuteiras.

O futebol é uma religião laica.

Cujos fiéis ficam de joelhos nos 90 minutos da catedral...


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