2 de fev. de 2015




Por JUCA KFOURI, MDM


Santos e Milan, no Maracanã com 121 mil torcedores, decidiam a Copa Intercontinental de Clubes de 1963, para nós, brasileiros, o Mundial de Clubes.
Jogava-se a chamada “negra”, o jogo desempate depois da vitória italiana por 4 a 2, com Pelé e tudo, em Milão, e da virada brasileira, no Maracanã sob vendaval, também por 4 a 2, sem Pelé, machucado, numa das mais épicas disputas já vistas em gramados brasileiros.
Em 21 minutos no segundo tempo o Santos transformou o 0 a 2 em 4 a 2, com dois gols de Pepe, aos 5 e aos 21, de Mengálvio, aos 9 e de Lima, o da virada, aos 19.
O terceiro jogo, num sábado, não poderia mesmo repetir o da quarta-feira.
Até que o extraordinário zagueiro Maldini cometeu pênalti no heroico Almir, o Pernambuquinho.
Aos 31 minutos do primeiro tempo quem se preparou para bater não foi nenhuma das nove estrelas santistas em campo.
Nem Mauro Ramos de Oliveira, nem Haroldo, nem Lima ou Mengálvio, Dorval, Coutinho, Almir ou Pepe, todos de seleções brasileiras.
Só nas laterais, Ismael na direita, e Dalmo, na esquerda, o maravilhoso time da Vila mais famosa do mundo, não tinha naquela noite craques de primeira grandeza.
Eram dois bons coadjuvantes, mas coadjuvantes, num futebol brasileiro que tinha Djalma Santos e Nilton Santos como donos absolutos das posições.
Pois foi Dalmo, o batedor oficial na ausência do Rei, quem teve a missão de bater o pênalti que se converteu no gol do bicampeonato mundial de clubes.
Dalmo, por sinal, sempre sustentou que foi o primeiro a bater pênaltis com paradinha, embora o expediente seja atribuído a Pelé.
Dalmo Gaspar morreu hoje, aos 82 anos.
E jamais sairá da história.




NOTA DO BLOG: A bola entrou no mesmíssimo gol do futuro milésimo gol de um tal Pelé... que teria batido o pênalti se estivesse em campo naquela final de 1963.


3 comentários:

  1. Considero inapropriado o título de MDM para um jornalista que tem grandes dificuldades em conviver com o contraditório, que apela para as agressões pessoais, nos casos em que fica sem argumentos perante uma análise histórica do futebol. Foi o que fez este senhor com Odir Cunha, ao colocar em xeque a honestidade do último, só porque Odir participou ativamente da unificação da Taça Brasil com o Campeonato Brasileiro da Placar.

    Kfouri perdeu e não soube aceitar a derrota, atacando pessoalmente Odir, grande jornalista, autor de belíssimas e consagradas obras da literatura esportiva. Me recordo da polêmica e Kfouri, dentre outras agressões pessoais, como é de seu feitio, chegou a afirmar, sem provar, que Odir recebia da CBF.

    Odir é um renomado autor de livros esportivos, notável historiador e pesquisador de futebol. E Kfouri, o que fez nessa área? O que pesquisou? Juca precisa comer muita traça de jornal centenário para chegar perto de Odir Cunha, em matéria de pesquisas esportivas.

    Juca, o Náutico é sim VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1967, na época de ouro do nosso futebol. Está na história, nem você nem ninguém tira isso do nosso clube.

    MDM é o Dr. Odir Cunha.

    ResponderExcluir
  2. Eu gosto do estilo do Juca, mas reconheço que ele mesmo sendo ótimo jornalista não saca de futebol como se pensa. A guisa... Que eu saiba ele jogou basquete. Sou mais eu que já estive lá com a bola na canhota. Só me bastaria escrever como ele... Facinho, facinho.

    ResponderExcluir

Comentários