Lá se iam três, quatro décadas de Estado Novo.
Como se Vargas se perpetuasse no Brasil moderno.
22 de junho de 1969.
O poderoso Benfica de Eusébio na final da Taça de Portugal.
Contra... os Acadêmicos de Coimbra.
Acadêmicos com sua veste negra.
Acadêmicos que chegavam na final diante duma greve colossal do ensino lusitano.
O Benfica era a bem dizer a seleção nacional.
Além de Eusébio, Simões, Humberto Coelho, Coluna.
Mas Coimbra é praça de guerra.
Salazar está doente e Marcelo Caetano assume a ditadura.
O Sporting cai diante dos acadêmicos nas semifinais.
Cartazes pipocando nas arquibancadas.
O regime balança.
O Benfica é a esperança.
O craque de Coimbra, Artur Jorge, é convocado para o serviço militar.
O PIDE invade o estádio.
A televisão é impedida de transmitir a partida.
Faltando dez minutos para o fim do tempo normal.
Manoel Antonio abre o placar para os Acadêmicos.
Festa, revolução... mas Simões empata.
Na prorrogação?
Eusébio cala a festa do povo.
Foi bonita a festa, pá!
O Benfica é campeão.
Mas os estudantes guardam o alecrim e gritam gol em abril de 1974.
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