4 de dez. de 2012




... enquanto fazem esses absurdos fica difícil calar a esferográfica...





Por ROBERTO VIEIRA   


A turma não entendeu a sacada do marketing.

Botar o Neymar de Hors Concours.

Como o Rei.

Rei que foi Hors Concours da bola de prata em 70.

Logo após o México.

Tricampeão.

Milésimo gol.

Unanimidade embasbacada do Planeta Terra.

Rei que passava tão longe dos demais jogadores.

Como Paulo Autran do velho teatrinho na escola.

Quando as novas revistas antigas endeusam Neymar.

Neymar como Hors Concours em relação ao resto das chuteiras.

Significa apenas que ninguém chega atualmente aos pés de Neymar.

O que pode ser honra.

Ou tristeza imensa.

Uma constrangedora confissão de vazio.

Não.

Já não existem Tostão, Jair, Rivelino e Gérson.

Ademir da Guia e Dirceu Lopes vagam na lembrança.

Todos eles eram concorrentes do Rei em 1970.

Todos eles concordaram com a merecida homenagem.

Hoje.

Neymar é o melhor entre carregadores de piano.

O melhor entre artilheiros de quinze minutos.

O melhor em um mundo onde a genialidade.

É uma sacada de marketing...

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Um comentário:

  1. Mestre, desculpe-me por cutucar e não lhe deixar tirar suas férias ! Já seria absurdo se, ontem, ao darem a terceira Bola de Prata e a segunda de Ouro (merecidissimas) ao Neymar, a PLACAR anunciasse que ano que vem ele seria Hors Concours, até mesmo porque se tivesse acontecido assim, a burrada teria conserto (era só revogar tal honraria), quanto mais como ocorreu, depois de o ano inteiro avaliadores darem notas pra ele, nós leitores acompanharmos com muito interesse a apuração rodada a rodada, os demais jogadores idem, para no final, no calar da noite, inventarem isto. Avaliadores, leitores, jogadores, todos foram feitos de trouxa ! Virada de mesa, igual às que a CBF cansou de fazer nos anos 80/90.
    Pareceu-me que queriam atribuir a Bola de Prata ao Lucas de qualquer jeito, bem como a de Ouro ao Ronaldinho. Credibilidade do prêmio foi à zero ! Se fosse o Ronaldinho não aceitaria a Bola de Ouro, teria, lá mesmo, dada ao Neymar. Se fosse a ESPN cancelaria a parceria ontem mesmo.
    Quanto ao Pelé, pior foi ouvir do Sergio Xavier (ex-diretor da PLACAR e hoje colunista), que o HC concedido ao Pelé não foi pelo que tinha feito até aquele momento e sim pelo que ainda poderia fazer (mesmo argumento que ele tá tentando dar pro caso Neymar), ledo engano dele, até mesmo porque Pelé só jogou no Brasil até 1974 e o temor de que o Troféu nunca lhe fosse dado (pelo peso da idade), fez com que a PLACAR/ABRIL tivesse tomada a acertadissima decisão de atribuir-lhe o HC, pelos serviços prestados (tricampeão mundial pela seleção, Bi mundial pelo Santos, mais de 1000 gols, etc...). E não me venha, ele, tentar subverter a lógica, Hors Concours é sempre dado como prêmio à carreira ou então depois do cara ganhar tudo.
    Mas ainda bem que esta não é apenas a minha opinião (um relés mortal), pelo que acompanhei à noite na ESPN, eles também não concordaram nem um pouco com a aberração.
    Por fim, lembro que nem o Messi recebeu tal honraria, a Bola de Ouro da FIFA será novamente atribuída a ele este ano e, possivelmente, nos próximos (espero eu, tomara que este vírus não contamine ninguém...).

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Comentários