Por Daniel Hazin Pires
Tive o prazer inenarrável de conhecer, pessoalmente, o Dr.
Ivan Brondi no ano de 2001, quando tive a oportunidade de constatar o caráter
do grande homem que é, grande pai, grande companheiro. Anteriormente a isso,
apenas havia o ícone, a lenda, o grande jogador que marcou a nossa história,
envergando, como poucos, o manto alvirrubro que tanto amamos. Fiz parte da
equipe diretiva de Dr. Ivan, nas divisões de base do clube, por 03 anos e garanto
que esse segmento nunca foi tão vitorioso, tão exitoso, excetuando, claro, o
período glorioso em que o mestre Ivan escreveu com os pés. Neste lapso de 03
anos, o Náutico venceu em todas as divisões, algumas vezes de forma invicta.
Negociou, em 2002, o atleta Ailton, à época com 17 anos, para o São Paulo FC,
um dos maiores formadores de atletas do País, além de formar outros jovens
promissores que tomaram o caminho de outros continentes, antes mesmo de serem
conhecidos pela torcida alvirrubra.
Tive a honra de assumir a Superintendência do Centro de
Treinamento no inicio do ano passado, indicado pelo nosso atual mandatário,
Glauber Vasconcelos, condicionando, ao retromencionado gestor, a assunção do
cargo, à implementação de uma divisão de base forte, com nova filosofia,
caminho, esse, na minha humilde opinião, o único para fazer com que o nosso
amado clube reedite os tempos áureos em que Dr. Ivan brilhava, bem como o único
caminho que está em consonância com a realidade econômica da nossa região,
notadamente do nosso Estado, que requer a exportação de jogadores e não a
importação, das mais diversas praças, dos mesmos.
O breve introito acima apenas se presta para combater, com
veemência, as alegações feitas pelo Sr. Newton Moraes a respeito do tratamento
dado pela atual gestão a Dr. Ivan, bem como a todas as divisões de Base do CNC.
Tais alegações, de tão graves, mereceram transcrição e ora
merecem especial impugnação, o que passa a fazer na forma a seguir:
“Mas, desde o início da gestão, a Base vem sendo
desrespeitada pela Diretoria Executiva”
Cumpre, inicialmente, salientar que conheço, de perto, o
Sr. Newton Moraes e tenho profunda admiração pelo mesmo, da sua abnegação pelo
nosso clube, seus diversos serviços prestados, notadamente em sua capacidade em
angariar recursos de forma altruísta, mas não há como não se indignar com a
colocação supratranscrita!
Ao assumir a gestão, em janeiro de 2014, prometi a Dr. Ivan
que levaria todas as divisões de base do clube para usufruir da estrutura do
Centro de Treinamento, coisa que nunca havia acontecido antes. Promessa feita,
promessa cumprida. Atualmente, tudo que se refere a futebol, dentro do Clube
Náutico Capibaribe, acontece no interior do nosso CT: escolinhas, sub 13, sub
15, sub 17, sub 20 e o profissional!
Nossos atletas de Base gozam de toda a estrutura do CT,
dividindo o mesmo espaço com os atletas profissionais, sendo vedado qualquer
tipo de diferenciação no tratamento entre eles, sem esquecer das excelentes
condições que abrigam nossos atletas alojados, em um moderno e confortável
espaço, com cozinha própria, internet, quartos com ar-condicionado e outras
instalações de qualidade, espaço, este, que, diga-se de passagem, atendeu às
necessidades dos nossos atletas profissionais até pouco tempo.
Anteriormente a isso, a Base teria que se virar para alugar
campos de treinamento, Academias de ginástica, sem esquecer das péssimas
condições do alojamento que, precariamente, abrigava nossos atletas, sem
qualquer conforto, evidenciando uma completa falta de estrutura, sendo motivo
de piadas dos nossos rivais e dos nossos próprios atletas.
Portanto, muito curta a memória do Sr. Newton neste
particular!
“Já nos primeiros meses, doze atletas do basquete - que equivalem a 18
pessoas que não possuam porte físico tão avantajado - passaram a se alimentar
com os garotos da Base, sem que tivesse havido a prévia anuência de Ivan. Isso
perdurou até a Base ser transferida para os alojamentos de nosso Centro de
Treinamento, sem que tivéssemos nenhuma compensação financeira. Ao contrário,
durante a pausa por conta da Copa do Mundo, tivemos o acréscimo de vários
funcionários do Futebol Profissional alimentando-se com os atletas da Base.”
Com a simples leitura do supratranscrito trecho, extraído
do texto de Newton, constata-se, sem a menor dificuldade, que o mesmo quer dar
tratamento diferenciado aos segmentos do clube, o que não se pode admitir em
nenhum momento. Os 12 atletas de Basquete estavam alojados no Náutico, jogariam
pelo clube, vindos de outros Estados e cumpre indagar: o que o Náutico deveria
fazer? Deixar os atletas com fome? Fazer com que os mesmos pagassem pela
refeição? Chega a ser risível tal colocação!
“A parte, sem o todo, não é parte; o todo, sem a parte, não
é todo” Qualquer dirigente tem que pensar no nome do Náutico como um “todo”,
não cuidar apenas do seu segmento. O que diriam esses atletas a respeito do
nosso clube quando voltassem aos seus locais de origem? Tais atletas serviam
aos esportes olímpicos do Náutico e deveriam ser bem tratados e alojados, não
importando quem “pagasse a conta”.
Newton ainda aponta que os funcionários do futebol
profissional almoçavam com os atletas da Base e, da mesma forma, indago: qual o
absurdo disso?
Todo mundo faz parte do Náutico!
“Ivan Brondi viajou para os Estados Unidos para trazer um neto que estava
residindo lá. Em sua ausência e sem seu conhecimento, ocorreram dois fatos
desagradáveis. O primeiro foi a contratação de uma espécie de auditoria na
Base, realizada por um empresário de atletas, que resultou em um relatório
recheado de informações infundadas.”
As pessoas tendem a dar uma conotação negativa à palavra
“auditoria”, como se quisesse, a partir da mesma, identificar alguma
irregularidade ou ilegalidade dentro daquele espaço, quando, na verdade, este
ato junge-se ao exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas
dentro do clube, com o objetivo de averiguar se elas estão de acordo com as
disposições planejadas e estabelecidas previamente, além de ter a ciência se
foram implementadas com eficácia e adequação à consecução dos objetivos.
O trabalho acima tinha o condão de ajudar as Divisões de
Base em colocar em prática seus projetos, enxugando os custos e buscando maior
efetividade dos resultados, entretanto o que se descobriu foi uma verdadeira
gama de irregularidades que não cumprem externar em um texto aberto como este,
mas foi elaborado um dossiê com depoimentos de pais de atletas, documentos
diversos, e-mails assinados por funcionários da Base que não se coadunam com a
retidão e o profissionalismo que deve nortear qualquer segmento do nosso clube.
Este dossiê está à disposição de qualquer sócio que queira
ter acesso ao mesmo!
“Premiação e acolhimento, no Futebol Profissional, de um treinador de
goleiros que foi demitido pela Base por ter cometido falta grave, deixando-nos
em situação de descrédito perante o grupo, em função dessa decisão equivocada
da Direção Executiva do Clube.”
Aqui, cumpre salientar que a demissão de qualquer
funcionário do clube só pode ser feita por quem o remunera, no caso, a
Diretoria Executiva.
A “falta grave” asseverada pelo Sr. Newton, não foi
comprovada, tampouco aprofundada por quem acusava, não tendo nenhuma
subsistência, apenas evidenciava a indignação de um funcionário quanto às
irregularidades que o mesmo percebia nas atividades exercidas por alguns funcionários
a que o mesmo estava subordinado.
O dito Preparador de goleiros, de tanta qualidade que possui,
hoje presta seus serviços ao futebol profissional, sendo o responsável direto
por manter a forma do nosso ídolo Júlio César e de aprimorar os outros goleiros
que compõem o nosso quadro.
Seria lamentável abrir mão de um profissional deste quilate
em razão de alegações sem substância
“finalmente,
agora em janeiro, aproveitando-se do fato de Ivan ter viajado para visitar sua
família em São Paulo, foram demitidos todos os membros da Comissão Técnica da
Base, mais uma vez sem seu conhecimento. No domingo passado (25/1), Sílvio
Bourbon, colaborador do CT, telefonou para Aluísio Xavier, colaborador da
Diretoria de Base, para comunicá-lo que Didi Duarte, coordenador técnico, e
Marconi de Moura, treinador do Sub20, seriam demitidos e que Ivan já tinha sido
informado. Mentira. Antes de viajar, Ivan havia tido uma reunião com Daniel
Hazin, Diretor do CT, e Sílvio Bourbon, quando foi sugerido um maior estreitamento
entre a Base e o CT, bem como a possibilidade de enxugamento de gastos. Não se
falou em demissão, muito menos em nomes”
Senti-me legitimado para escrever este texto porque fui
citado por Newton no trecho supratranscrito e me sinto extremamente indignado a
respeito do seu teor.
Por todo o respeito e relacionamento que tenho com Dr.
Ivan, foi-me delegado, juntamente com o Diretor Silvio Bourbon, pelo Presidente
Glauber conversar com o mesmo a respeito das imperiosas mudanças que precisavam
ocorrer nas Divisões de Base do Clube.
É cediço de todos os alvirrubros a situação financeira que
o clube se encontra, não conseguindo honrar seus compromissos integralmente,
muito devido ao pesado fardo de uma folha de pagamento de funcionários que gira
em torno de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais), sendo as Divisões
de Base responsáveis por boa parte desse quantitativo, portanto a redução de
custos se mostra urgente e passa, diretamente, pela demissão de funcionários,
como em qualquer empresa, não importa o seu tamanho.
Este foi o teor da conversa que eu e Silvio Bourbon tivemos
com Dr. Ivan, que ouviu atentamente, referendou todas as mudanças e com a sua
sensibilidade chancelou todos atos que vieram em sequencia, fulminado na
demissão dos funcionários elencados por Newton.
Talvez o único fato em dissonância esteja no momento da
efetivação de tais atos, uma vez que, ao contatar Dr Ivan por telefone, ele
externou imaginar que tudo aconteceria mais para frente, por mais que
entendesse a urgência dos mesmos.
O Presidente Glauber fez questão de preservar a “bandeira”,
o baluarte que Ivan Brondi representa para o Clube Náutico Capibaribe,
alçando-lhe, inclusive, para o cargo de Vice-Presidente da Base, resguardando a
sua importância e representatividade, não só quando jogou pelo clube, mas
quando abraçou nossas cores prestando os serviços que até hoje nos honra e
envaidece.
D´entre as principais mudanças a serem efetivadas está a de
transformar o Centro de Treinamento em um celeiro de formação de atletas, moldando-se
aos requisitos legais necessários para ostentar este status, na teoria e na
prática e, para isso, é preciso colocar as Divisões de Base do clube na unidade
de custo do Centro de Treinamento, contando com todas as benesses legais que
esta configuração pode trazer.
A Diretoria do Clube Náutico Capibaribe, através de seu
Mandatário, assegura aos seus sócios e torcedores que todas as mudanças a serem
implementadas têm o desiderato de fazer com que as Divisões de Base voltem a
ter a credibilidade no cenário nacional, que possamos materializar, com mais
facilidade, a formação de nossos atletas, colaborando intensamente com a
formação dos nossos elencos, uma vez que a nossa estrutura física nos permite colocar
isso em prática.
Este é o único caminho para que o Náutico reedite os
momentos de glórias que Dr. Ivan Brondi e tantos outros ajudaram a construir e
perpetuar, os quais ainda causa a inveja dos nossos ferrenhos adversários e
massageia o ego da nossa torcida apaixonada, mas que já se mostra inquieta e
sedenta por novos gloriosos dias e conquistas.
Tenho a certeza que Dr. Ivan continuará em seu cargo
vitalício, uma vez que ninguém pode representar melhor do que ele as Divisões
de Base deste Clube, bem como, pela sua experiência e maturidade, sabe que o
Náutico está acima de qualquer nome ou momento político.
Reitero todo meu apreço e admiração a Newton Moraes, a quem
reputo ser um dos grandes alvirrubros que conheci na vida, tendo a mesma
certeza que ele continuará contribuindo, não só com as Divisões de Base desse
clube, mas com todos os seguimentos que o integram.
Balela ! Conversa fiada !
ResponderExcluirAcima das versões (e conheço a credibilidade de Newton), está o sentimento do próprio Ivan. Só espero que a sua amargura não seja VITALÍCIA...
ResponderExcluirPura falácia. Newton Moraes é íntegro o suficiente para não distorcer os fatos e conhece, tanto o Náutico, quanto as divisões de base muito bem. Como diz o ditado, a verdade tarda. Mas aparece.
ResponderExcluirMarcelo Lins diz:
ResponderExcluirQuero iniciar o meu comentário dizendo que conheço Daniel pessoalmente e sei do seu amor pelo Náutico, por isso tenho profundo respeito as suas colocações, mas também conheço e admiro muito o tamanho do amor pelo Náutico que tem o meu Tio, Newton Morais, além de sua integridade pessoal que todos no clube conhecem.
A questão é muito simples amigo Daniel, é só perguntar para Ivan o que ele achou disso tudo. Será que o mesmo concorda mesmo com essa avaliação da "auditoria"?
Por falar em auditoria, é evidente que a mesma não existe apenas para apontar irregularidades, porém ela precisa ser feita por um conjunto de procedimentos técnicos para obtenção e avaliação das evidências apresentadas.
Será que essa "auditoria" foi dessa forma Daniel? Quem foi que a realizou? uma empresa séria e independente? A independência é requisito fundamental em auditoria de qualquer tipo que seja. O relatório em si, só pode confirmar algo desde que a mesma tenha sido realizada com integridade e com a competência e zelo profissional necessárias.
Também afirmo, que é pouco inteligente por parte de uma gestão abrir mão de " Newton Morais", pois a sua capacidade de angariar recursos com alvirrubros é digna de elogios.
E por fim existe uma palavra que hoje nem sempre é praticada, mas que imagino ser de grande valor: Respeito.
Newton trabalhou muito na eleição do MTA, trabalho esse que merecia por parte dos atuais "mandatários" ter a capacidade de ouvir suas opniões no que concerne a base.
E será que Ivan Brondi se sentiu mesmo respeitado por essa gestão?
Termino esse comentário para dizer que o texto anterior de Roberto é perfeito, o clube é feito para realizar e cultivar amigos, fazer diferente é seguir o caminho do insucesso.
Antes que se entre num "concurso de credibilidades", lembro que há um fato indiscutível, incontestável, lamentável: Ivan Brondi pediu para deixar de fazer parte da administração do clube; e saiu muito magoado. Quem duvidar que pergunte a ele.
ResponderExcluirPonto. Edgar falou tudo. Como é que a diretoria quer explicar o inexplicável. Se Ivan foi consultado ou não.Se Ivan soube antes ou depois dos fatos. Isso agora não importa mais. Oque importa é que mais um alvirrubro de coração sai (se afasta) da gestão atual magoado,e de maneira rompante. Newton, Roberto, Ivan, .....;Afinal, quem está errado. Acho que a resposta é simples, e está na cara de quem quer ver. Quem não quer enxergar.....
ResponderExcluirAbraços, CH
Newton, Roberto, Ivan...tem mais: Rubinho, Ricardo Breno, Luciano Azevedo, Mário Celestino. meu medo é essa incompetência em manter aliados aliados ajudar na volta de gente que fez muito mal ao Náutico.
ResponderExcluir"Nossos atletas de Base gozam de toda a estrutura do CT, dividindo o mesmo espaço com os atletas profissionais, sendo vedado qualquer tipo de diferenciação no tratamento entre eles, sem esquecer das excelentes condições que abrigam nossos atletas alojados, em um moderno e confortável espaço, com cozinha própria, internet, quartos com ar-condicionado e outras instalações de qualidade, espaço, este, que, diga-se de passagem, atendeu às necessidades dos nossos atletas profissionais até pouco tempo"
ResponderExcluirUma a verdadeira mentira falar isso, pois as condições de alojamento, alimentação é muito a quem da que um atleta de alto rendimento precisa, existe uma superlotação nos quartos e muitos atletas para poucos banheiros onde é impossível manter uma boa higiene.nenhum atleta da base divide o mesmo espaço com o profissional aprova disso é que base só foi pra lá após a construção do hotel. Apenas a categoria juniores tinha campo todos os dias para treinar porque o sub 15 e sub 17 tinha o campo vetado praticamente todos os dias.
"A “falta grave” asseverada pelo Sr. Newton, não foi comprovada, tampouco aprofundada por quem acusava, não tendo nenhuma subsistência, apenas evidenciava a indignação de um funcionário quanto às irregularidades que o mesmo percebia nas atividades exercidas por alguns funcionários a que o mesmo estava subordinado.
O dito Preparador de goleiros, de tanta qualidade que possui, hoje presta seus serviços ao futebol profissional, sendo o responsável direto por manter a forma do nosso ídolo Júlio César e de aprimorar os outros goleiros que compõem o nosso quadro"
O preparador de goleiros foi demitido da base depois de ter agredido e ser agredido fisicamente outro funcionário do clube onde os atletas alojados e pais de atletas presenciaram tal fato, dizer que isso não foi comprovado e não tem subsistência é no mínimo chamar os atletas e pais que estavam no momento do ocorrido de cego ou ter amnésia, fato como este é lamentável e não é exemplo para nenhum atleta que está em formação porém o pior disso tudo é a atual diretoriazinha promover esse funcionário depois disso, que mau exemplo para os atletas. Outra pérola é dizer que o atual preparador de goleiros do cnc é o responsável pelo sucesso de Júlio César KKk e os profissionais que trabalharam com ele anteriormente inclusive no náutico ? Um Goleiro experiente como ele atingir o sucesso agora devido ao atual preparador ? KKk isso é motivo de chacota.
Tais mentiras citadas e atitude de amador é a explicação do jejum de títulos a mais de dez anos que o profissional do náutico amarga, pois a alguns anos apenas a base foi motivo de orgulho para o clube onde o junior foi bicampeao invicto , revelou douglas santos e no ano de 2014 a categoria que estive a frente, o junior, foi o primeiro ano na historia onde nao houve leoses articulares de joelho. mentiras e atitudes erradas no futebol se reflete nos resultados.
Será que o Sr. Daniel Hazin conhece as instalações atuais da Div de Base?
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