31 de jan. de 2015






Por ROBERTO VIEIRA

O América já foi a equipe mais poderosa de Pernambuco.
América que nasceu João de Barros.
João de Barros rebatizado na visita do onipresente Belfort Duarte.
Time do imortal Zé Tasso.
Time Campeão do Centenário em 1922.
Time que possuiu o célebre Estádio da Jaqueira.
Estádio com tribuna erguida em 1927 pelo Coronel Seixas.
Um dia, malfadado dia, o América vendeu suas terras.
Emprestou seus jogadores.
Subjugou-se nas derrotas compradas pelos adversários.
Deu um suspiro nas mãos de Rubem Moreira.
Mas nem Dimas, nem Dequinha, nem Tomires o puderam ressuscitar.
América que foi morrendo a míngua.
De morte morrida e morte matada nas quatro linhas.
Como diria um certo João Cabral de Melo Neto.
Seu mais famoso torcedor e tradutor.
Nos últimos anos, o América vem tentando reviver a antiga majestade.
Mas o discreto casarão na Estrada do Arraial está prestes a ser executado por dívida fiscal.
Tudo perdido?
Ainda não.
Em reunião ocorrida ontem na sede do clube.
Foram constatadas inúmeras irregularidades no processo.
Arremataram a chácara inteira onde está o casarão.
Erraram o endereço do casarão no processo.
A chácara ocupava área onde hoje habitam vários prédios.
A bola bateu nas duas traves e não entrou... por enquanto.
E tomara que não entre mesmo.
Edifícios, lojas comerciais e empreendimentos imobiliários existem aos milhões.
Já o Campeão do Centenário pernambucano é apenas um.
O América-PE faz parte da história do futebol e da cultura pernambucana.
Como Pitombeiras e Elefante.
Até quarta-feira chegar.


2 comentários:

  1. O América tem que sobreviver. Torço por isso!

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  2. 1 DIA VOLTARÃO OS DIAS DE GLÓRIA,É SÓ UM SHEIKE ÁRABE COMPRAR O VERDÃO.

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Comentários